Angélica e Luciano Huck lamentam morte de Abilio Diniz: “Um pai”
O empresário Abilio Diniz tratava um quadro de pneumonia e morreu na noite desse domingo (18/2), em São Paulo
atualizado
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Angélica e Luciano Huck usaram uma rede social para prestar uma última homenagem ao empresário Abilio Diniz. O fundador do Grupo Pão de Açúcar morreu na noite desse domingo (18/2), aos 87 anos. Ele estava internado no hospital Albert Einstein para tratar uma pneumonia.
“É com o coração partido que dizemos adeus ao grande Abilio Diniz. Ele foi mais do que um líder. Foi um pai, um amigo e um verdadeiro inspirador para todos nós”, escreveu Angélica na legenda de uma foto na qual estava ao lado do marido, Huck, de Abilio e da viúva do empresário, Geyze Diniz.
Na publicação, a loira destacou os legados deixados pelo amigo e garantiu que sempre lembrarão dele. “Abilio deixou um legado de paixão, força e lições valiosas sobre a vida e como viver bem. Ele nos mostrou o poder da determinação e do amor pelas pessoas. Sua memória e suas histórias vão continuar nos inspirando todos os dias. Vamos sentir muito sua falta!”
Quem também abriu o coração para se despedir e lamentar a morte do empresário foi Luciano Huck. No texto que acompanha uma foto dos dois juntos, o apresentador reconhece que o amigo era mestre em construir memórias.
“Além de empreendedor competente e corajoso, empresário de sucesso, brasileiro preocupado com o Brasil, filantropo, pai e marido presente, ele era o pai do meu melhor e mais longevo amigo. Convivi com o Bilo desde os meus 8 anos de idade, ele me viu crescer e sempre vibrou muito com as minhas conquistas”, contou o comandante do Domingão com Huck.
Ele lembrou ainda que acompanhou grande parte das mudanças na vida de Abilio. “O tempo e o amor fizeram o empresário implacável, com punhos e nervos de aço, se transformar em um homem atencioso, carinhoso, presente, que, mesmo gostando de falar, aprendeu a ouvir. Um homem apaixonado pela vida, pela família, pelos amigos, pelo São Paulo [Futebol Clube]. Vá em paz, meu amado amigo. O João está te esperando”, finalizou Luciano, com referência ao filho de Diniz que morreu em 2022.
Abilio Diniz morre aos 87 anos
O empresário Abilio Diniz morreu na noite deste domingo (18/2), aos 87 anos. Ele estava internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, há mais de duas semanas, tratando uma pneumonia. A informação foi confirmada pela família.
“É com extremo pesar que a família Diniz informa o falecimento de Abilio Diniz aos 87 anos neste domingo, 18 de fevereiro de 2024, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. O empresário deixa cinco filhos, esposa, netos e bisnetos, e irá ao encontro do seu filho João Paulo, falecido em 2022. Desde já, a família agradece todas as mensagens de apoio e carinho”, diz a família em nota.
Ex-sócio do Grupo Pão de Açúcar (GPA), do qual foi fundador, e com patrimônio estimado em R$ 12 bilhões, Abilio Diniz era vice-presidente do conselho administrativo do Carrefour no Brasil, fez parte da antiga Via Varejo (atual Grupo Casas Bahia) e foi um dos empresários mais conhecidos do país.
Conselheiro político de presidentes e ex-presidente da BRF, Abilio Diniz era torcedor fanático do São Paulo e foi, inclusive, membro do Conselho Consultivo do clube. Envolvido com esportes desde criança, fundou o Audax.
Era pai de seis filhos, quatro deles do primeiro casamento e os dois mais novos com a atual esposa. Em agosto de 2022, perdeu o filho João Paulo Diniz, morto após um infarto aos 58 anos.
História no varejo
Filho mais velho de Valentim Diniz, imigrante português, com a brasileira Floripes Pires, Abilio nasceu em 28 de dezembro de 1936, em São Paulo, e fez carreira no setor de varejo, trabalhando com o pai em um mercado fundado por ambos, que depois se tornaria a rede de supermercados Pão de Açúcar.
Em seu site, Abilio citou três episódios que o marcaram negativamente, entre as décadas de 1980 e 1990: a briga com os irmãos pelo controle acionário do GPA, o seu sequestro e a quase falência do grupo.
Valentim Diniz havia deixado a maior parte das ações do GPA para Abilio, em uma divisão que, segundo o empresário, considerava o envolvimento de cada um dos seis filhos com os negócios. Os irmãos e a mãe questionaram a partilha em um processo que se arrastou por anos na Justiça e só chegou ao fim em 1994, quando houve um acordo para que Abilio mantivesse o controle da companhia.
Durante o período de disputa, no entanto, a empresa quase foi à falência e adotou um sistema de cortes para se manter em pé. Somente em 1995, já estabilizada, fez sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York após um acordo com a rede francesa Casino, a quem cedeu o controle do grupo em 2013.