André Valadão pode ser extraditado e impedido de pregar, diz advogada
Alvo de investigação do Ministério Público Federal por homofobia, o pastor André Valadão poderá sofrer punições pesadas da Justiça
atualizado
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André Valadão é alvo de investigação do Ministério Público Federal por homofobia e poderá sofrer punições graves na Justiça. Ele pode pegar cinco anos de prisão pelo crime e também pode ser extraditado.
Durante a pregação, o pastor afirmou: “Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês.”
Como o caso aconteceu nos Estados Unidos, em um culto de igreja no YouTube, a advogada e mestre em Direito Penal Jacqueline Valles afirma que ele também pode ser enquadrado por incitação ao crime. Ela integra a Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abacrim) e falou sobre o caso ao Estadão.
Para Jacqueline, “se houver uma convenção com o país onde o crime foi cometido, o brasileiro pode ser extraditado para a aplicação das leis nacionais”. Caso a investigação aponte o crime de homofobia, André Valadão poderá ser mandado para o Brasil para cumprir a pena.
Caso na Justiça
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta segunda-feira, 3, um procedimento para apurar possível prática de homofobia praticada pelo líder religioso durante transmissão de um culto pelo YouTube.
O procedimento é de autoria do procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre, Lucas Costa Almeida Dias. Na terça-feira (4/7), o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o pastor responderá legalmente por “propagar ódio contra as pessoas”.