metropoles.com

Abuso, cárcere e “cheiro de podridão”: o que a morte de Djidja revelou

Vítimas da seita “Pai, Mãe, Vida”, criada por familiares de Djidja, afirmam terem sido mantidas em cárcere privado e abusadas sexualmente

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/Instagram
Montagem colorida de Djidja Cardoso e família - Metrópoles
1 de 1 Montagem colorida de Djidja Cardoso e família - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

O delegado Cícero Túlio, responsável pelo caso que investiga a família da ex-sinhazinha do Garantido Djidja Cardoso, afirmou que vítimas da seita criada por Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão de Djidja, respectivamente, foram mantidas em cárcere privado.

De acordo com declaração de Túlio ao jornal O Globo, as vítimas teriam ficado “despidas por vários dias”, seriam abusadas sexualmente e obrigadas a fazer uso de substâncias alucinógenas.

0

“Diversas pessoas já foram ouvidas no curso da investigação. Duas pessoas relataram fatos criminosos que levam a crer na possibilidade prática de estupro de vulnerável. Inclusive, com a possibilidade de ter acontecido um aborto com uma dessas garotas”, afirma o delegado.

Cleusimar, mãe de Djidja, e Ademar, irmão da ex-sinhá, foram presos por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Ele é acusado tambem de estupro. Três funcionários do salão Belle Femme, comandado pela família em Manaus (AM), estão presos.

Segundo a polícia, a ex-companheira de Ademar seria uma das vítimas da seita comandada pela família e “Pai, Mãe, Vida”. A organização religiosa fazia uso de cetamina, uma droga com efeitos alucinógenos.

Líder de seita religiosa: quem é Ademar, irmão de Djidja Cardoso

“Ao longo das investigações, tomamos conhecimento de que Ademar também foi responsável pelo aborto de uma ex-companheira sua, que era obrigada a usar a droga e sofria abuso sexual quando estava fora de si”, apontou o delegado.

O local onde as vítimas haviam sido mantidas — o mesmo onde a família morava — tinha “cheiro de podridão”, com centenas de seringas e doses da droga espalhadas pelo local.

“Outras duas pessoas relataram essa situação do estupro, principalmente por terem sido dopadas durante o ato sexual e não se lembrarem nada sobre aquilo. Algumas delas permaneceram despidas por vários dias, sem sequer tomar banho, em uma situação de cárcere privado. Inclusive, no momento que adentramos naquela residência, o cheiro de podridão era muito forte”, disse o delegado.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?