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4 divas de décadas passadas que os millennials precisam conhecer

O Metrópoles elencou (e ao mesmo tempo dá uma aula biográfica) de algumas cantoras que revolucionaram a história do pop mundial

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diva millenials
1 de 1 diva millenials - Foto: Metrópoles/Divulgação/Time Magazine

Já não é novidade para ninguém que os millennials, fãs de cultura pop, estão em toda parte, esfregando por aí sua juventude invejável enquanto dançam a última música lançada pela Ariana Grande. Mas quando vamos investigar a profundidade musical, muitos deles desconhecem divas de outrora.

Pensando nisso, resolvemos elencar  cantoras que revolucionaram a história e pavimentaram os caminhos de Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna, Dua Lipa, Lorde e Demi Lovato.



Cher

Pioneira na arte de se vestir, Cher começou a ditar o mundo da moda ainda no final dos anos 1960. Com o tempo, seu look seria revisitado por outras famosas como Kim Kardashian, mas a cantora fez muito mais do que criar um visual atemporal.

Embora tenha se tornado conhecida no inicio da carreira por causa da parceria que fez com o então marido Sonny Bonno, ela logo viria a conquistar o seu espaço.

Após se separarem, em 1974, Cher lançou o primeiro trabalho solo. De acordo com o produtor George Schlatter, virou a primeira performer feminina a ser protagonista de um programa de televisão como os homens faziam.

“Antes de Cher chegar, mulheres não faziam piadas elas eram a piada”, comentou Schlatter em uma entrevista.

Nas décadas seguintes, Cher consolidou ainda mais sua carreira. Ela está entre os seis cantores e cantoras a conquistarem o topo das paradas e um Oscar de melhor atriz. Os outros são Frank Sinatra, Jamie Foxx, Barbra Streisand, Bing Crosby e Judy Garland (que recebeu uma estatueta honorária em 1939 por “O Mágico de Oz”).

Além disso, Cher é a única artista feminina da história a ter singles número um nas décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990.

 

  • Melhores álbuns: “Heart Of Stone”, “Believe” e “Gypsies, Tramps and Thieves”
  • Melhores músicas: “Save Up All Your Tears”, “I Found Someone”, “Dark Lady”
  • Melhores filmes: “As Bruxas de Eastwick” e “Minha Mãe é uma Sereia”

Diana Ross
Antes de Beyoncé surgir com as Destiny’s Child (isso também parece ser antigo para alguns millennials, mas vale a tentativa), existia um grupo nos anos 1960 chamado The Supremes.

Assim como Beyoncé, Diana Ross era quem cantava a maior parte das músicas, dominava os refrões e, definitivamente, se tornou a mais lembrada. Tanto que anos após o debut, o nome do grupo acabaria se tornando “Diana Ross & The Supremes”.

Em 1965, as Supremes fizeram história alcançando o topo das paradas com cinco sucessos consecutivos – o que é considerado um recorde até hoje. Naturalmente, você novinho, deve pensar que isso não é algo tão difícil hoje dia com o ritmo frenético com que artistas e produtores se unem para lançar seus singles.

No entanto, o mérito se torna ainda mais valioso quando colocamos em perspectiva o impacto cultural de um grupo formado por mulheres negras, em uma época de segregação racial.

A partir de então, Diana colheu os louros da fama. Se lançou em carreira solo, acumulou diversos hits e apostou alto na carreira no cinema. Ao viver Billie Holiday no célebre filme “Lady Sings The Blues” de 1972, ela se tornou a primeira mulher americana negra a ser nomeada para um papel principal, em uma performance de estreia.

 

  • Melhores álbuns: “Everything is Everything”, “Diana”, “Surrender”
  • Melhores músicas: “Ain’t No Moutain High Enough”, “Upside Down”, “I’m Coming Out”
  • Melhores filmes: “Lady Sings The Blues”, “Mahogany”

https://youtu.be/QoRBFNOgeHw

Barbra Streisand 
Se você é um millennial mais romântico e passional saiba que antes de Lana Del Rey, Barbra Streisand era o nome responsável por diversas baladas inesquecíveis. Mais que isso, a americana é uma das poucas estrelas a entrarem para o grupo Egot — pessoas que ganharam os prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony.

Ou seja, quando falamos em premiações, Barbra é a grande maioral da nossa lista. Nada mal para uma menina nariguda que despontou na cena aos 17 anos sem nenhuma conexão com produtores famosos.

Longe de querer mudar sua imagem, ela permaneceu firme na confiança de seu talento. Na época em que explodiu mundialmente não havia nada que se comparasse a ela. Isso porque a maioria dos astros e estrelas da década de 1960 ainda bebiam da água do glamour hollywoodiano onde uma aparência praticamente esculpida era requerimento para uma trajetória de sucesso. Barbra era exatamente o oposto e fugia de qualquer tipo de padrão.

Talvez o papel que mais emblemático é o de Fanny Brice, personagem que lhe rendeu um Oscar de melhor atriz pelo filme “Funny Girl”, em 1969 (no qual ela empatou com Katharine Hepburn por “O Leão no Inverno”). Nele, ela canaliza o talento de uma mulher nada convencional que era o que faltava para tornar o showbizz algo interessante.

 

  • Melhores álbuns: “What About Today?”, “The Way We Were”, “Superman”, “People”
  • Melhores músicas: “My Man”, “Before The Parade Passes By”, “Happy Days Are Here Again”
  • Melhores filmes: “Hello Dolly”, Funny Girl”, “The Way We Were”

 

Tina Turner 
Além de uma carreira consolidada por mais de cinco décadas, Tina Turner tem em seu favor uma característica invejável: enxergar nas adversidades uma oportunidade para evoluir. Nascida no Tenesse, estado extremamente segregacionista, a estrela primeiro superou o abandono por ambos os pais. Depois teve que suportar os abusos do músico e marido Ike Turner quando começava a fazer sucesso.

Enquanto a trajetória profissional de Tina crescia nos anos 1960 e 1970, poucos sabiam os apuros que a estrela passava dentro de casa. Ela confessou em sua autobiografia, lançada em 1986, que sofreu violência doméstica por mais de dezesseis anos, chegando a se apresentar diversas vezes com marcas roxas no corpo.

A história virou filme anos mais tarde. O longa, embora se concentrasse num assunto dramático, mostrava também um pouco da força e poder da cantora. Quando decidiu se divorciar, só pediu para continuar usando seu nome artístico.

A partir daí, sem dinheiro e sem perspectivas de carreira, ela lutou financeiramente fazendo shows menores em diversos lugares. Em uma época que o mundo da música dava como encerrada a carreira de uma mulher com quase 50 anos, Tina conseguiu se reerguer.

Em 1984, lançou o disco “Private Dancer”, que ganhou três Grammys e vendeu 10 milhões de cópias em todo o mundo. Depois, estrelou com Mel Gibson no filme “Mad Max Beyond Thunderdome”, e aos poucos conseguiu fama e fortuna muito maiores do que na época que divida os palcos com o marido agressivo.

 

  • Melhores álbuns: “Private Dancer”, “Break Every Rule”, “Wildest Dreams”
  • Melhores músicas: “What’s Love is Got To Do With It”, “Proud Mary”, “Break Every Rule”, “The Best”, “Typical Male”
  • Melhor filme: “Mad Max – Além da Cúpula do Trovão”

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