Sobre morar sozinho e transformar sua casa em um lar
Quando saímos da casa dos pais para nossa própria casa, aprendemos, mesmo que aos poucos, a importância de transformá-la em um lar
atualizado
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Essa semana a modinha da internet era definir em três palavras experiências de vida engraçadas. Por isso, uma amiga de vinte e poucos acabou de sair da casa dos pais e postou alguns memes engraçados relacionados às aventuras e desventuras de morar sozinho. No caso dela, com o namorado.
Pensei em como definiria a experiência da novidade de ser dono da sua própria casa em três palavras. Se formos para o lado cômico cabe aqui algo como “geladeira sempre vazia”, ou “louça sempre suja”.
Mas se for para levar a brincadeira a sério, três palavras poderiam resumir meu primeiro contato com a experiência de morar só: “minhas regras sempre”. Fazer a cama na hora que bem entender, largar os sapatos sem cerimônia na entrada da casa, não ligar para aquela parede descascada, esquecer de regar as plantas, que sempre morrem. Não parar em casa.
Mas aí o tempo passa e você vê que sua percepção de liberdade e próprias regras não funcionam tão bem quanto imagina. Todas aquelas chatices que seus pais te obrigavam a fazer se revelam necessárias para transformar sua casa em um lar de verdade.
Você começa a organizar o espaço, a preencher a geladeira com comidas de verdade, começa a detestar ver a louça empilhada na pia, faz a cama, cuida das plantas com responsabilidade, pendura quadros, a deixa bonita. As regras não são mais focadas apenas em você, mas no funcionamento do espaço para se viver melhor. E as três palavras se tornam “morar com amor”.
Essa deve ser a única regra. Amar o espaço. Daí pra frente o resto vem naturalmente… respeitar a necessidade de organização, de arrumação, de liberdade, de funcionalidade. Quanto mais você se dedica a essa experiência com amor, mais amor você sente pela casa e mais prazerosa fica a experiência de ter um lar.
E pode ter certeza, essas responsabilidades não terão o peso que lavar a louça na adolescência tinha (por mais que nunca se torne uma tarefa divertida). Como você define, em três palavras, sua experiência de ter um lar?