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Plantas duras na queda. Um guia para assassinos profissionais de plantas

Esqueça esse papo de que você não consegue cuidar nem de cacto. Tem planta que é mesmo difícil no trato, e eu, como amante do verde dentro de casa, estou aqui para te ajudar. Penei nessa vida pra encontrar as espécies que realmente conseguem conviver em paz com gente pouco cuidadosa e jeitosa (prazer!). Superei o […]

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Jomar Bragança/Divulgação
SOB O OLHAR DO OUTRO – André Alf – crédito Jomar Bragança
1 de 1 SOB O OLHAR DO OUTRO – André Alf – crédito Jomar Bragança - Foto: Jomar Bragança/Divulgação

Esqueça esse papo de que você não consegue cuidar nem de cacto. Tem planta que é mesmo difícil no trato, e eu, como amante do verde dentro de casa, estou aqui para te ajudar. Penei nessa vida pra encontrar as espécies que realmente conseguem conviver em paz com gente pouco cuidadosa e jeitosa (prazer!).

Superei o trauma de “comprar-jogar planta fora”, me informei e hoje minha casa é repleta de verde por todos os lados. E olha que perco muito pouco tempo da vida dando atenção a elas. Segura minha mão, leitor, e vem se informar sobre as espécies mais duras na queda para interiores.

Para começar, apague essa ideia de que ter planta é custoso. Escolhendo as espécies certas, elas são a diferença entre uma casa sem vida e um ambiente cheio de identidade e conforto. As plantas não só têm a capacidade de mudar o visual de uma sala, como a própria energia do lugar.

Quantas vezes cheguei em um projeto pronto, comecei a espalhar as plantas pelo local e o ambiente mudou completamente de energia. Automaticamente, o local perde a sobriedade e ganha leveza, cor e alegria.

Mas, eventualmente, eu me deparo com clientes que, ou não gostam do verde em ambientes internos, ou afirmam serem assassinos profissionais de plantas, alegando que elas morrem quase que automaticamente quando adentram seus lares. De um jeito ou de outro, eu sempre consigo introduzir a presença delas nesses projetos e os donos — até os mais céticos — acabam se tornando dependentes confessos da beleza e da leveza que o verde proporciona para um lar.

Com base na minha própria experiência, apresento plantas lindas e resistentes. Você vai se apaixonar por como pode ser descomplicado ter uma casa verde.

Jibóia — a queridinha
Essa planta tem algumas vantagens que a colocam no topo do pódium das melhores para ambientes internos: são absurdamente fáceis de cuidar e são lindas em sua várias versões — como trepadeiras (ficando na vertical quando usado um toco de madeira alto em seu vaso); como plantas pendentes, penduradas no teto ou sobre móveis altos, formando cachos longos e abundantes; e em vasos de água, quando compramos ou colhemos suas folhas gigantes. Regue de três a quatro vezes por semana e, se quiser que ela forme cachos, permita que as folhas fiquem soltas e tenham o crescimento acelerado pela gravidade. São vendidas em supermercados por um preço médio de R$ 13.

 

Peperômia — beleza e durabilidade
Nativa da América do Sul, essa plantinha, se regada com cuidado para não encharcar seu substrato, tem vida longa dentro de ambiente internos. Tenho exemplares em casa com mais de 6 anos de vida. Suas folhas contêm manchas amareladas e esbranquiçadas, e sua folhagem forma cachos irresistíveis para a decoração de ambientes internos. O ideal é que seu substrato seja misturado a areia grossa para evitar que a terra encharque (o que é muito comum). A rega deve ser feita três vezes por semanas, em pouca quantidade. Uma peperômia pequena, nos mercados e lojas de plantas, custa cerca de R$ 15. Os exemplares mais cheios e vistosos chegam a R$ 45.

 

SONY DSCCostela de Adão — Moda boa e fácil
A costela de Adão está em tudo quanto é revista de arquitetura de interiores de 2015. Ela pode ser cultivada em vaso com terra, atingindo um bom crescimento em ambientes internos e com luz natural, ou em vasos d’água, versão moderninha e clean de ter essa planta em casa. Num vaso d’água, em tempos menos quentes, pode durar até 25 dias sem machas escurecidas. Plantada, custa cerca de R$ 120. Já suas folhas cortadas custam cerca de R$ 5 cada e podem ser encontradas no Central Flores, no Ceasa.

 

Columéia — Pendente da vez
Da família das gesneriáceas, a columéia peixinho tem folhas brilhantes e escuras e flores alaranjadas. Ela faz a vez da samambaia na minha coleção de plantas. Pelo simples fato de que eu não consigo conviver com samambaias. As acho lindas, sei que estão em alta, mas a perda de folhagem constante (talvez porque eu não tenha pego o jeito de como cuidar delas) não me agrada. A columéia tem folhas mais espessas e resistentes e, quando cheia, tem um visual deslumbrante. Seu substrato deve estar sempre úmido, o que pede regas frequentes. Precisam de um ambiente com luz indireta e devem ser adubadas de tempos em tempos.

 

Xanadu — Clima tropical
Essa planta herbácea pertence à família dos filodendros, assim como a peperômia. Tem um visual tropical que traz um aspecto de autenticidade para os ambientes. Suas folhas são delicadamente desenhadas e enervuradas, e também são muito usadas em vasos de água, tendo menos durabilidade do que os imbés e as costelas de Adão. Cada folha custa, em média, R$ 2. Também pode ser comprada em vaso com terra e deve ser cultivada em ambiente com luz indireta e solo úmido. Mas vale o alerta: é uma planta tóxica e deve ser mantida longe de crianças pequenas e curiosas e de animais domésticos.

 

Dracenas (ou dracaena) — Dura na queda
Conhecidas e adoradas pela sua durabilidade, essas plantas possuem folhas alongadas em diversos formatos e cores. As mais finas, comumente utilizadas em vasos com terra, ficam altas e delicadas em ambientes menores, que pedem plantas mais alongadas e discretas. Suas versões em arbustos, de folhas mais alargadas e avermelhadas, têm grande durabilidade também em vasos de água. Vivem com ou sem sol. Pede regas diárias e comedidas.

 

Espada-de-São-Jorge — Pau pra toda obra
Conhecida por trazer proteção espiritual ao lar, a espada de São Jorge pede pouquíssimos cuidados para se manter verde e vistosa. De origem africana, vive bem em ambientes de iluminação indireta e pede apenas duas regas semanais.

 

Ráfis — A popular
A ráfis está em um tudo quanto é apartamento e se popularizou por ser relativamente simples de cuidar, ter um preço super atrativo e ser bonita. Suas folhas lembram as de um bambu e, quando bem cuidadas, enchem o espaço com sua presença. Quanto mais alto e cheio, mais caro será o exemplar. Uma muda com cerca de 1 metro e 30 de altura custa, em média, R$ 21. A questão é que, mesmo sendo fácil de cuidar (água três vezes por semana é suficiente), algumas pessoas encontram dificuldade no trato da ráfis. Em geral, ou regam de menos, ou demais. A dica é sempre a mesma: se a terra da planta não estiver levemente úmida, é hora de regar. Se estiver úmida demais, é sinal de que a planta pode estar sobrecarregada de regas. Funciona perfeitamente bem em locais fechados, com alguma iluminação natural. Se exposta diretamente ao sol, pode ficar com as folhas queimadas.

Licuala — A nova ráfis
Essa palmeira é a nova queridinha de quem quer fugir das opções mais populares. E, exatamente por essa nova demanda, também se tornou popular. Mas vamos parar com esse pensamento atrasado de que tudo tem que estar na moda. Se a planta parece bonita, se encaixa bem ao seu estilo de vida e cabe no seu orçamento, é só isso que importa. A licuala é tão imponente e peculiar que muitas pessoas pensam se tratar de uma planta artificial. Suas folhas parecem feitas de plástico de tão brilhantes. Sobrevive bem em ambientes sem incidência direta de luz solar, porém bem iluminados. São mais caras, e uma muda de 1,5 metro custa, em média, R$ 150. A rega deve ser feita sempre que a terra estiver seca.

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