Não se afobe não: a dica mais importante para quem está decorando o primeiro apartamento
Não adianta se apressar e querer ter a casa 100% pronta. Pra ser linda e autêntica, ela precisa ser vivida.
atualizado
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O casal acaba de comprar o primeiro apartamento. E me faz o convite pra projetar o ambiente. São inúmeros sonhos, desejos de consumo, inspirações no que viram na revista e na internet, mas um orçamento que limita a concretização de todas essas aspirações. O que fazer?
Entrego o projeto todo pronto no papel. Porque esse é meu trabalho. Mas na vida, nem sempre as coisas funcionam assim. E, sinceramente, é melhor mesmo que não funcionem dessa forma.
O lar é como uma relação, leva tempo pra ser construída, para se consolidar.
Quando tentamos, de primeira, deixar a casa nova em folha idêntica com a que vimos na tela do computador, esquecemos que, muito provavelmente, a tal casa que vimos gerou tanto encantamento justamente porque é autêntica. E para isso, é preciso tempo.
A reforma, estará pronta, os móveis talvez já estarão todos lá. Mas os detalhes – e aqui recorro ao clichê de que os detalhes fazem mesmo a diferença – é que dão o tom. São eles que criam a identidade da casa. Que vão contar a história de que mora ali. E esses detalhes a gente acumula durante a vida. Uma gravura que você se apaixonou numa viagem, um móvel herdado, objetos garimpados e com valor sentimental.
Não adianta se apressar e querer, de primeira, ter a casa 100% pronta. Para ser linda e autêntica, ela precisa ser vivida. Entrar na história de quem mora ali. Do contrário, você vai viver numa casa artificial, repleta de itens bonitos que nada significam para você e que são mera ostentação e zero emoção.
E casa sem emoção, por maior que seja o investimento em móveis assinados e objetos descolados, não arrebata corações.
A chave é a paciência. Item raro nos dias de hoje. Não precisa estar tudo 100% pronto. A graça é acompanhar essa transformação gradual. Construa sim uma bela base, faça, se desejar, uma bela reforma. Se for preciso, até compre todos os móveis de uma vez. Mas lembre-se que decoração não é receita de bolo. Ela começa, mas não tem fim. A casa está sempre em transformação, como a gente. Se você priva o espaço de se transformar, você o priva também de evoluir.