Se imagine morando num quarto onde você não tem acesso aos móveis, não consegue sair da cama quando quer, não alcança suas coisas. Perturbador morar em um espaço que anula sua autonomia, certo? Aplique esse pensamento para o quarto do bebê: berços que os impedem de ir e vir, gavetas travadas, móveis altos, brinquedos guardados em locais que eles não têm acesso.
Estamos acostumados a projetar quartos infantis feitos para o conforto dos adultos. E perdemos assim uma excelente chance de dar à criança liberdade para explorar suas capacidade e desenvolver sua autonomia. No começo do século 20, essa preocupação foi levantada pela médica e educadora italiana Maria Montessori, que acreditava que a autonomia dos bebês gerava crianças mais autoconfiantes e capazes.
Montessori defendia ferrenhamente que os adultos nunca deveriam ajudar uma criança numa tarefa que ela se sentia capaz de realizar e que incentivar a independência era a forma mais inteligente de educar.
“A criança aprende melhor quando colocada em seu mundo, onde ela tem liberdade de escolha no que quer fazer, no fazer e na própria avaliação dos seus resultados”
Maria Montessori
Hoje, quase 11 décadas depois, milhares de pais de todo mundo elegem essa corrente de pensamento para poder proporcionar aos filhos a experiência da autoeducação. A intenção não deve ser estética, nem a de participar da “modinha”. O foco aqui é criar filhos em ambiente acolhedores de forma que esse acolhimento inclua a liberdade de explorar livremente – e com segurança – o próprio espaço.
O método vale para qualquer idade de bebê, qualquer tamanho de quarto, qualquer orçamento. Seguindo alguns princípios básicos é possível ter um quartinho montessoriano. E o melhor, tão bonito quanto qualquer quarto clássico de bebê.
Conheça algumas das principais ideias montessorianas para o quarto dos pequenos:
Cama
A ideia da cama é a de que a criança tenha liberdade – com segurança – para ir e vir. Deitar na cama se estiver cansada, levantar quando quiser brincar e explorar. Quando se trata de bebês, é comum deixar apenas um colchão no chão, de forma que ele não se machuque caso role para fora da cama. Quando maior, camas levemente suspensas são uma opção.
Espelho baixo
Permite que a criança se veja, se perceba e se reconheça. Deve ser bem fixado ( de preferência colado) para evitar acidentes, de que forma que, se quebrado, não formes cacos pelo chão.
Barra
Afixar uma barra em uma das paredes do quarto permite que o bebê experimente sozinho os modos de ficar em pé e explore suas possibilidades motoras e força. Vale lembrar que móveis mais baixos que o bebê também permitem essa interação.
Brinquedos
Os brinquedos devem estar sempre acessíveis. Em caixas, cestos e nichos ou estantes que permitam a livre exploração.
Organização
A organização do quarto e dos objetos ajuda a criança a reproduzir esse hábito. Livros, por exemplos não devem ser misturados aos brinquedos. É importante ensinar que as coisas têm seus devidos lugares na casa.
Texturas
Tapetes, almofadas e colchas em diferentes formatos e materiais estimulam a curiosidade e os sentidos.
Segurança
Para que a ideia funcione é preciso, antes de mais nada, que ela promova um ambiente seguro para o bebê. Móveis com quinas protegidas ou arredondas, tomadas devidamente tampadas, objetos pesados livres do risco de cair sobre a criança, objetos pequenos ou perigosos guardados em locais seguros e sem livre acesso.
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