Saiba como coronavírus interfere na indústria automotiva do país
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores informa que o Brasil está ficando sem peças que vêm da China
atualizado
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A epidemia de coronavírus no mundo tem interferido na economia de centenas de países. Com o Brasil não é diferente, e vários setores sentem o impacto: é o caso da indústria automobilística.
Segundo comunicado emitido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na sexta-feira (06/03), o país está ficando sem peças para fabricação de veículos. A previsão é que o estoque dure até meados de abril.
A China é o país de onde o Brasil mais importa peças. Uma eminente paralisação do setor de autopeças chinês coloca em risco o mercado brasileiro.
Importar de países menos atingidos pelo vírus também é inviável, tendo em vista que a China é a principal fornecedora para essas nações.
O principal meio de importação é o marítimo. Quando há autopeças, não há navios disponíveis para o envio, ou quando há embarcações, não há peças. Para fugir desse problema, o Brasil estuda alternativas, como o aumento do uso de produtos fabricados no país ou por meio do transporte aéreo.
“O Brasil, pelo que sabemos, ainda não tem nenhuma medida, a não ser um indicativo de redução na taxa Selic. É uma reflexão que a Anfavea está fazendo, sabemos das limitações. Mas tem um problema que precisamos enfrentar. Vamos deixar a bicicleta parar ou iremos mantê-la em movimento?”, declarou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
A própria Anfavea já havia apontado uma queda de 20,8% na produção de veículos durante o mês de fevereiro. O levantamento foi baseado de acordo com o mesmo período do ano anterior.