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“Intolerância religiosa”, diz Crivella sobre desfile da Mangueira

Na crítica da escola de samba, Crivella foi representado como um boneco de Judas, traidor do Carnaval, enforcado

atualizado

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Pedro França/Agência Senado
Marcelo Crivella
1 de 1 Marcelo Crivella - Foto: Pedro França/Agência Senado

A gestão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), divulgou nota nesta segunda-feira (12/2) dizendo que ele foi vítima de “intolerância religiosa” na Sapucaí. O comunicado foi uma resposta à crítica feita pela Mangueira à prefeitura durante seu desfile. No domingo (11), Crivella foi representado como um boneco de Judas, traidor do Carnaval, enforcado.

A agremiação fez uma defesa da folia, contra o corte de verbas às escolas e outras manifestações culturais populares. Crivella virou Judas porque teve apoio dos dirigentes em sua campanha eleitoral e depois reduziu os recursos.

O samba da Verde e Rosa fazia menção à religião do político – o prefeito é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, que condena a festa: “Pecado é não brincar o Carnaval”.

“É lamentável que uma escola que sempre defendeu a tolerância e o respeito venha utilizar o momento sagrado do seu desfile para praticar um ato de intolerância religiosa como o que vimos neste domingo”, diz a nota.

“A agremiação está no seu direito de não gostar da decisão do prefeito de destinar parte dos recursos para as creches conveniadas, mas daí a atacar a fé do prefeito e colocar sua imagem pendurada pelo pescoço com uma corda é algo que deve ser repudiado”.

“A Riotur informa que em 2018 foram aportados R$ 19,5 milhões às escolas de samba. Isso significa que a redução da arrecadação por parte das escolas foi de 20% em relação ao ano anterior, de R$ 24 milhões. Vale ressaltar que a tão falada diminuição aconteceu dentro de um cenário de crise excessiva, de retração econômica e de um déficit de R$ 4 bilhões nos cofres da prefeitura”, finaliza a nota.

Crivella saiu do Rio no Carnaval. Ele foi para a Europa numa viagem a trabalho voltada para área de segurança (uma atribuição estadual; e não municipal). Na sexta-feira (9), participou da abertura oficial do Carnaval. Na ocasião, disse se tratar “apenas de uma festa” e que a cidade tem outras prioridades, mas elogiou os artistas carnavalescos.

Antes de embarcar, compartilhou nas redes sociais: “O alarde foi grande, previsões pessimistas traçaram um cenário de terra arrasada, mas o tempo veio mostrar que as medidas adotadas eram acertadas, e os resultados agora aparecem. O Carnaval receberá neste ano investimentos de quase R$ 80 milhões. Apenas os recursos levantados junto à iniciativa privada somam R$ 38,5 milhões, o maior valor já captado e mais do que o dobro obtido em 2017, quando se arrecadou R$ 15 milhões”.

O prefeito afirmou ainda que “cumpriu sua parte, com a organização e o cuidado necessário a um evento que expressa a alegria e a criatividade do carioca”. “As acusações de que patrulhamento religioso ameaçariam o Carnaval mostraram-se infundadas e revelaram o preconceito de quem acusava”, finalizou.

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