Bloco de Carnaval LGBT é marcado por homofobia e violência no SCS
Nas redes sociais, diversos jovens gays e lésbicas relataram agressões durante a festa
atualizado
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O bloco Quem Chupou Vai Chupar Mais, que desfilou nesse sábado (3/2), no Setor Comercial Sul, ficou marcado por intolerância, violência e preconceito. Na página do evento nas redes sociais e em grupos privados, centenas de relatos denunciam agressões e assédios contra os LGBTs.
A estudante Ariel Pimenta contou ter sido vítima de violência no bloco. “Os homens não estavam respeitando o espaço das mulheres e das pessoas LGBT, agindo de maneira agressiva e assediadora. Um grupo de seis caras fizeram uma roda em volta de mim, para conseguirem um beijo. Um segurou o meu braço e só me soltou quando duas meninas vieram em minha defesa”, disse ao Metrópoles.
Ariel também confirmou os diversos relatos nas redes sociais. Jovens gays, lésbicas e transexuais afirmaram não se sentirem seguros no espaço – anunciado como um bloco de carnaval LGBT.
Amigos gays foram xingados, empurrados e sofreram comentários vexatórios. Meninas ouviram ofensas por conta de homens que não souberam ouvir um não
Ariel Pimenta
Outro lado
Por meio de nota, a organização do grupo garantiu lutar por um mundo sem preconceito e violência. Eles acusam a Secretária de Cultura (Secult) de não ter fornecido a estrutura adequada.
“Por se tratar de um evento público e patrocinado pelo GDF, todas as demandas e estruturas foram solicitadas de acordo com o cronograma estabelecido pela Secretaria de Cultura. Infelizmente, não cabe a nós restringir o público e ditar a quantidade que será fornecida de cada item; fomos informados a respeito dos fornecedores pouco tempo antes do evento, mesmo com tanta insistência perante às autoridades responsáveis”, comunicaram.
O órgão rebate as acusações. “A Secretaria de Cultura garantiu toda a estrutura requisitada pelos blocos para que a folia transcorresse de forma confortável. Por entender sua responsabilidade em garantir que a folia no espaço público ocorra de forma democrática e pública, a pasta injetou R$ 5 milhões para atender toda a estrutura dos blocos e ainda viabilizar um patrocínio direto no valor de R$ 1,4 milhão”.
Segundo a Polícia Militar, a confusão ocorreu no momento em que o bloco se concentrou no Setor Bancário Sul. O público foi maior do que o esperado e, de acordo com a corporação, após a chegada de reforço as confusões acabaram.