metropoles.com

Zema sobre frente Sul-Sudeste: “Jamais será para diminuir outras regiões”

Governador de MG se pronunciou após fala polêmica sobre união de regiões para frear suposto favorecimento do Norte e Nordeste no Congresso

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
Romeu Zema, de terno e gravata,com a cabeça inclinada -- Metrópoles
1 de 1 Romeu Zema, de terno e gravata,com a cabeça inclinada -- Metrópoles - Foto: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil

Após declaração que gerou repercussão negativa, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou as redes sociais na noite deste domingo (6/8), para dizer que a proposta de união da frente Sul-Sudeste “jamais será para diminuir outras regiões”.

“A união do Sul e Sudeste jamais será pra diminuir outras regiões. Não é ser contra ninguém, e sim a favor de somar esforços. Diálogo e gestão são fundamentais pro país ter mais oportunidades”, escreveu o governador.

“A distorção dos fatos provoca divisão, mas a força do Brasil tá no trabalho em união”, prosseguiu.

Veja o post:

print governador de mg no twitter - metrópoles

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Zema afirmou que há um suposto favorecimento de estados do Norte e do Nordeste em pautas econômicas que tramitam no Congresso Nacional, como a reforma tributária. Ele então defendeu a união do consórcio formado pelos estados do Sul e do Sudeste para barrar eventuais perdas financeiras para as duas regiões.

“Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população, se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso”, afirmou.

Zema também reclamou do fundo criado para Norte, Nordeste e Centro-Oeste. “E o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade…Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais. Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década”, declarou o governador de Minas Gerais.

A declaração gerou incômodo entre governadores do Nordeste, que enviaram uma nota, em nome do Consórcio do Nordeste, pedindo o fim de “narrativas segregadoras”.

A fala também repercutiu entre chefes do Executivo em outras regiões. O governador Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, saiu em defesa de Zema, mas negou que a frente é uma tentativa de colocar “estado contra estado”.

“A gente nunca achou que até hoje os estados do Norte e do Nordeste haviam se unido contra os demais estados do país. Pelo contrário, a união desses estados em torno da pauta que é de interesse comum deles serviu de inspiração para que a gente possa finalmente fazer o mesmo”, disse Leite.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), no entanto, afirmou que “foi feita uma comparação que não foi feliz”, mas que o colega de Minas Gerais iria, em breve, se manifestar para explicar o “mal entendido”.

“O Centro-Oeste, no que depender de Goiás, será sempre este elo forte para nunca deixar avançar nenhum sentimento separatista, o que é responsabilidade de todos nós, governadores e governadoras. Nossas diferenças não precisam ser sinônimo de divergência”, afirmou.

Ministra Marina Silva

Mais cedo, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste “não têm vida” sem as unidades federativas que ocupam a Amazônia.

Questionada sobre o assunto, Marina afirmou que não viu a declaração do governador, mas ressaltou a importância dos estados do Norte e do Nordeste na economia do Brasil e da América do Sul.

“Eu não vi a fala do governador, não sei o contexto, mas o que posso dizer é que as chuvas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste são produzidas pela Amazônia, e os povos originários da Amazônia são responsáveis pela maior parte da preservação dessa floresta. Setenta e cinco por cento do PIB da América do Sul está relacionado às chuvas produzidas pela Amazônia”, disse a ministra.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?