Zambelli sobre indiciamento na CPI do 8/1: “Medalha no meu peito”
Deputada federal compareceu à última sessão da CPMI do 8/1. Zambelli foi a única parlamentar com pedido de indiciamento
atualizado
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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro discute e vota, nesta quarta-feira (18/10), o parecer final da senadora Eliziane Gama (PDS-MA). A relatora pediu o indiciamento de 61 pessoas envolvidas no planejamento e execução dos atos antidemocráticos. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi a única parlamentar citada, com pedido de indiciamento, pela relação com o hacker Walter Delgatti Netto.
Mesmo não sendo membro ou suplente da comissão, a deputada esteve na sessão do colegiado e falou por três minutos.
Ao chegar, quando os parlamentares já faziam suas falas no momento de discussão, Zambelli conversou com o presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA). Depois, transitou pelo plenário dialogando com aliados como Esperidião Amin (PP-SC), Izalci Lucas (PSDB-DF), Abilio Brunini (PL-MT) e Marcos Rogério (PL-RO).
Maia concedeu três minutos para que a deputada falasse após ter sido citada. Zambelli começou lendo comentários recebidos em suas redes sociais, inclusive xingamentos, o que irritou o presidente da CPMI, que a interrompeu.
“Acabou pra você, pistoleira. Vai para a cadeia mamar a r*la do seu presidente genocida”, citou Zambelli. Arthur Maia solicitou que as palavras sejam retiradas da ata: “Nós como pessoas públicas somos ofendidos nas redes sociais mas isso não dá o direito de virmos em uma CPMI transmitida para o país inteiro e proferir palavras de baixo calão”.
Zambelli agradece apoio
A parlamentar agradeceu o apoio recebido após ser citada no relatório de Eliziane. “Me coloquei à disposição dessa CPMI para ser acareada, como convidada ou convocada, e não tive direito de me defender, fui indiciada sem direito à defesa”, argumentou.
“[O relatório] não anexou uma prova contra mim, apenas palavras contra mim, isso é uma medalha no meu peito”, concluiu Zambelli.
A deputada Carla Zambelli entrou na mira da CPMI por ter contratado o hacker Walter Delgatti Netto. Em depoimento, ele afirmou ter participado de reunião com a parlamentar e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante o encontro, o ex-mandatário teria o questionado sobre formas de fraudar a urna eletrônica, como forma de questionar o sistema eleitoral brasileiro.