Yanomamis: Justiça determina efetivo armado para segurança em Palimiú
Também foi determinada à Fundação Nacional do Índio (Funai) que auxilie as forças de segurança no contato com os indígenas
atualizado
Compartilhar notícia
Após conflitos na comunidade yanomami de Palimiú, em Roraima, a Justiça Federal acatou parcialmente pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que a União mantenha efetivo armado de forma permanente no local, com o objetivo de evitar novos conflitos com garimpeiros e garantir a segurança dos indígenas.
Também foi estabelecido prazo de 24 horas para que a União informe e comprove o envio de tropas para a comunidade da Terra Indígena Yanomami (TIY), sob pena de multa a ser fixada. A decisão e os autos do processo estão sob sigilo.
Na segunda-feira (10/5), houve um ataque de garimpeiros que atuam na terra indígena yanomami. Informações apontam que garimpeiros portando armas de fogo chegaram em barcos e atiraram contra indígenas da comunidade de Palimiú.
De acordo com o MPF, na decisão da Justiça também foi determinada à Fundação Nacional do Índio (Funai) que auxilie as forças de segurança no contato com os indígenas e no gerenciamento das relações interculturais.
O pedido do MPF em Roraima foi feito na Ação Civil Pública (ACP) ajuizada no ano passado, na qual pede a total desintrusão de garimpeiros na TIY.