Yanomami: Ibama e ANP multam fornecedores de combustível a garimpo
De acordo com nota divulgada pelo Ibama, até esta sexta-feira (17/2) as multas ultrapassam R$ 12,6 milhões
atualizado
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) multaram quatro empresas de Roraima por vender o combustível de aviação que abasteceu o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
De acordo com nota divulgada pelo Ibama, até esta sexta-feira (17/2) as multas ultrapassam R$ 12,6 milhões. A alta demanda de combustível de aviação pelo garimpo se deve ao fato de grande parte da logística da prática, como transporte de combustíveis, suprimentos e minérios explorados ilegalmente, ocorrer por meio de aeronaves.
Os indígenas Yanomami enfrentam uma crise humanitária causada pelo avanço do garimpo ilegal na região. A atividade predatória ocasionou uma onda de desnutrição e malária, que já resultou em centenas de mortes e dezenas hospitalizações.
Entre as iniciativas do Ibama para conter a situação, está a suspensão da venda de combustível de aviação para Roraima por empresas e pessoas que não comprovarem atender as exigências ambientais. Já a ANP fiscalizou, até o momento, cinco distribuidoras no Amazonas e São Paulo.
Apreensão de equipamentos
A força-tarefa do governo federal responsável pela operação nas Terras Indígenas Yanomami tem destruído e apreendido equipamentos utilizados por garimpeiros. Nessa quinta-feira (16/2), uma semana após o início da Operação Libertação, foram apreendidos 16 toneladas de minério, quatro embarcações, 7 mil litros de combustível e 500 quilos de alimentos.
A operação envolve a Polícia Federal, Ibama, Forças Armadas, Força Nacional de Segurança Pública e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e tem como objetivo combater o garimpo ilegal no território Yanomami de Roraima.