De visual novo, Witzel lança curso de mentoria após sofrer impeachment
Ex-governador do Rio de Janeiro foi destituído do cargo de forma unânime pelo Tribunal Especial Misto, em 30 de abril
atualizado
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Rio de Janeiro – O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) definiu os próximos passos de sua carreira profissional após sofrer impeachment. Ele abriu uma produtora que oferece cursos de mentoria a interessados em ocupar cargos públicos.
Advogado de formação, o ex-juiz fundou a Wilson Witzel Produções e Participações Ltda., com o objetivo de disponibilizar conteúdos de educação e pesquisa.
Em uma publicação nas redes sociais, um seguidor perguntou se daria tempo de se preparar. Witzel, que adotou novo visual e agora ostenta barba, respondeu: “Tudo é possível, depende de sua vontade e tempo de dedicação. Eu posso te ajudar no meu curso de mentoria que será lançado nos próximos dias”.
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Ao site Extra, o ex-governador do Rio disse que pretende criar uma ONG, a MudaBR, com enfoque voltado para a área de pesquisas e formação política.
Governador destituído
No dia 30 de abril, Wilson Witzel sofreu impeachment depois de ter sido afastado por suspeita de corrupção. O Tribunal Especial Misto (TEM) decidiu por unanimidade pela destituição e o tornou inelegível até 2026. Quem assumiu o estado foi o vice Cláudio Castro (PSC).
“É revoltante o resultado do processo de impeachment. A norma processual e a técnica nunca estiveram presentes. Não fui submetido a um tribunal de um Estado de Direito, mas sim a um tribunal inquisitório. Com direito a um carrasco, nos moldes do estado islâmico, que não mostrou o rosto”, disse após a decisão.
Ele é o primeiro governador a ser alvo de impeachment na história do Rio de Janeiro. Nas eleições de 2018, o ex-juiz federal conquistou 3,1 milhões de votos.
De magistrado a político, Witzel teve uma ascensão meteórica e chegou rápido ao Palácio Guanabara, mas caiu em menos de dois anos de mandato. O Ministério Público Federal denunciou Witzel quatro vezes ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em uma das ações, ele é réu.
O STJ determinou, em 28 de agosto de 2020, o afastamento imediato do ex-governador por suspeitas de corrupção. À época, a ex-primeira-dama Helena Witzel também foi alvo de buscas.