Wellington Dias estima 10 milhões de irregulares no Bolsa Família
Ministro do Desenvolvimento Social pretende iniciar em fevereiro a entrada de novos beneficiários do novo Bolsa Família
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesta quarta-feira (11/1), que entre as 40 milhões de famílias atualmente no Cadastro Único, cerca de 10 milhões têm “indícios de irregularidades”. A prioridade da pasta tem sido atualizar o CadÚnico para incluir possíveis beneficiários que ainda não têm acesso ao Bolsa Família e retirar cadastros irregulares.
Dias conversou com a imprensa após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto. “De um lado temos a entrada de quem está fora e tem o direito, do outro lado a saída de quem tiver irregular. Sempre com o foco, repito, em garantir de forma muito cuidadosa, para que a gente tenha todo o cuidado com os que mais precisam. São 10 milhões que a gente acredita que tem indícios de irregularidades. Destes, cerca dos 6 milhões são famílias unipessoais”, explicou.
Dias ressaltou que existem, sim, casos de famílias com uma pessoa só, mas que o crescimento no último ano causou estranheza. “O Brasil normalmente tem 3,1 pessoas por família. E pela regra última, agora, principalmente do ano de 2022, [teve] 2,5 pessoa por família. Então houve um crescimento de família unipessoal fora da realidade, de qualquer proposta. Então há aí um indício de irregularidade e o recadastramento com certeza vai nos dar segurança para quem tiver irregular sair.”
O chefe do Executivo federal ressaltou o foco em tirar o país do mapa da fome e da insegurança alimentar e nutricional.
De acordo com o ministro, em fevereiro já será possível receber novos cadastros de beneficiários do Bolsa Família. “Agora em janeiro faremos o pagamento dos R$ 600, inicia em fevereiro tanto a atualização cadastral como todo esse trabalho com a rede da assistência social, busca ativa para trazer quem está fora para ter o direito e também, com a atualização cadastral, a retirada. No cartão que a gente libera em fevereiro para pagamento em março, já [estará] atualizado com R$ 150 para aqueles e aquelas que a gente tem segurança na atualização do cadastro”, disse.