Weintraub: “Não confio no Bolsonaro para conduzir os rumos do país”
Pré-candidato ao governo de São Paulo disse, porém, que votaria em Bolsonaro contra Lula, a quem chamou de “inimigo pessoal”
atualizado
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São Paulo – Ex-ministro da Educação e pré-candidato ao governo de São Paulo, Abraham Weintraub disse, nesta terça-feira (3/5), que “não confia” mais no presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu não confio mais no presidente Bolsonaro para conduzir os rumos do país e o Brasil se tornar um local seguro para eu criar meus filhos e netos, eu acho que o presidente Bolsonaro, quando ele se aproximou do Centrão, foi cooptado e agora está junto com eles”, afirmou em sabatina realizada pelo UOL e pela Folha de S.Paulo.
Disse, entretanto, que votaria em Bolsonaro nas eleições de outubro para não ter de votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem classificou como “inimigo pessoal”.
“É lógico, eu escolheria qualquer um que não fosse o Lula, eu sempre vou ficar contra o Lula”, asseverou.
Segurança pública
Para Weintraub, é preciso “resgatar o espírito da força pública do estado de São Paulo”. O ex-ministro sugeriu reestruturar as carreiras das polícias Militar e Civil do estado. “Num projeto de médio e longo prazo, unificar as polícias. O policial entra, faz a academia, aumenta-se em muito a parte civil de hierarquia, regra e tal, e na parte da Polícia Militar, ele vai e muda de função ao longo da carreira”, propôs.
O pré-candidato também disse que é contra descriminalizar o uso de drogas, assim como “bater no usuário”. Weintraub pontuou ainda que não é a favor da privatização de presídios e defendeu mudança no uso de câmeras nas fardas dos policiais.
“Defendo como instrumento para o policial, ele vai entrar numa ação, se o policial quiser ligar, como é nos Estados Unidos”, ponderou.
Questionado sobre a Cracolândia, disse que “é muito difícil” acabar com todo o consumo de crack no estado de São Paulo em dois anos, fazendo alusão ao que o pré-candidato Márcio França afirmou na última segunda (2/5).
“Mas eu acho viável se a gente tomar ações que deram certo em outros países, que é ser fraterno, estender a mão, tentar resgatar a pessoa, acionar a família do dependente ou achar alguém responsável por ele para amparar. E por último, coibir o tráfico. A gente não vai acabar com 100% do tráfico de drogas, mas a gente pode tornar mais difícil. Eles vão vender crack em outro estado, em São Paulo não”, afirmou.
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