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Weintraub critica Drauzio, ataca a Globo e defende pena de morte

Postagens foram feitas após ser revelado que uma das detentas entrevistadas pelo médico foi condenada por estuprar e matar uma criança

atualizado

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, utilizou as redes sociais, na noite do último domingo (08/03) para atacar o médico Drauzio Varella e a Rede Globo após a alta repercussão da reportagem sobre mulheres trans que são obrigadas a cumprir pena em presídios masculinos, apresentada no programa Fantástico da semana anterior.

Na matéria, não foram informados os crimes que as detentas haviam cometido. No fim da semana passada, entretanto, foi revelado que uma delas, Suzy de Oliveira, em quem o médico, notório humanista, deu um abraço comovente foi condenada por estuprar e matar uma criança de 9 anos. Isso causou ondas paralelas de ódio e amor ao médico na internet.

Weintraub usou sua conta oficial do Twitter para pedir boicote à emissora. “Literalmente, abraçam o demônio! Suas novelas são LIXO, seus programas infantis são LIXO, seus jornais são LIXO e estão à (sic) serviço do Mal. Não vejam, não assistam, não comprem, NÃO FALEM COM NINGUÉM (entrevistas) que trabalhe para essa família marinho”.

“Continuem defendendo esse estuprador assassino, vocês se merecem. Antes que eu esqueça: desejo que vocês terminem no inferno!”, escreveu o ministro. Ele finalizou o discurso com um novo tuíte, ressaltando que sonha com um país onde, um dia, “estupradores e assassinos de crianças sejam julgados, condenados e executados. Tudo dentro da lei!”.

Repercussão
Filho “03” do presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro também aproveitou para manifestar-se em conta oficial, ao publicar um vídeo com a hashtag #BoicoteAGlobo. “Passada de pano 1.000º! Os caras do PT, PSOL e cia. têm que aprender com a Globo!”, escreveu.

O filho 03 publicou também ilustrações que satirizam o trabalho de Dráuzio Varella e a reportagem.

 

Nota de esclarecimento
Em nota, Drauzio Varella falou sobre a reportagem veiculada no Fantástico, no domingo (01/03). “Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares que pratico a medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado”, informou.

“Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (01/03), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juíz”.

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