Weintraub convoca alunos e UNE responde: “Antes era a balbúrdia”
Ministro da educação chama estudantes de saúde para as salas de aula, mas histórico de confronto com universidades dificulta diálogo
atualizado
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Como medida relacionada à pandemia provocada pelo coronavírus, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, convocou os estudantes da área de saúde para retornarem às escolas. Os departamentos desta área, disse em vídeo divulgado pelo Twitter, não podem parar.
“Peço aos alunos de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia que voltem às aulas”, chamou Weintraub.
Conhecido por atacar o meio universitário, com expressões como “balbúrdia” e acusações relacionadas a drogas, o ministro desta vez adotou tom mais moderado. “A nação, nesse momento, precisa de gestores serenos e da união de todos”, escreveu o ministro no Twitter.
Mesmo com discurso mais sóbrio, Weintraub tem poucas chances de liderar a reação do mundo acadêmico na reação à pandemia. A União Nacional dos Estudantes (UNE), também pelo Twitter, aproveitou para dar o troco pelos ataques do passado. Avisou, também, que estudantes da área de saúde não pararam.
Antes era Balbúrdia, agora pede socorro aos estudantes.
Temos orgulho e agradecemos a todos e todas estudantes que estão se dedicando nos hospitais universitários, plantões e nas residências.
Mas as aulas têm que ser suspensas. TODAS. Pela nossa saúde!#greveporeducacaoesaude https://t.co/J09RATv0dN
— UNE (@uneoficial) March 18, 2020
“Antes era Balbúrdia, agora pede socorro aos estudantes. Temos orgulho e agradecemos a todos e todas estudantes que estão se dedicando nos hospitais universitários, plantões e nas residências. Mas as aulas têm que ser suspensas. TODAS. Pela nossa saúde!”, diz a mensagem em resposta ao ministro.