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Wassef afirma que escondeu Queiroz para “proteger” Bolsonaro

Segundo o advogado, o ex-assessor poderia ser executado e a culpa colocada na família do presidente. Ele diz que agiu por razão humanitária

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO
Advogado pessoal do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef durante evento palacio
1 de 1 Advogado pessoal do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef durante evento palacio - Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO

O advogado Frederick Wassef, que abrigou o ex-assessor Fabrício Queiroz em uma de suas propriedades, em Atibaia (SP), deu nova versão sobre os fatos. Em entrevista à Revista Veja, publicada nesta sexta-feira (26/06), Wassef afirmou que escondeu o ex-aliado da família Bolsonaro para “proteger” o presidente da República.

Inicialmente, Wassef repetiu à Veja o que já vinha falando anteriormente à imprensa, sobre ter ajudado Queiroz por solidariedade, já que o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro tem câncer. O advogado disse que imaginou  “o que seria para aquela pessoa, de repente, não estar mais com os seus amigos, doente e assediada”.

O advogado não quis esclarecer se foi ele quem ofereceu ajuda ou se a ajuda foi pedida pelo próprio Queiroz. Ao providenciar um esconderijo, Wassef afirmou que impediu que o ex-assessor, que estaria jurado de morte por “forças ocultas”, fosse assassinado.

Queima de arquivo

Além de salvar uma vida, teria evitado que a eventual morte fosse colocada nas costas da família Bolsonaro, como uma ação de queima de arquivo.

“Eu tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio de Janeiro. Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro. Havia um plano traçado para assassinar Fabrício Queiroz e dizer que foi a família Bolsonaro”, disse.

O advogado representava Flávio Bolsonaro no caso que investiga a suspeita de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele deixou a defesa do senador após a prisão de Queiroz, em 18 de junho. Em pelo menos duas ocasiões no ano passado, Wassef afirmou desconhecer o paradeiro de Queiroz.

Queiroz é investigado por participação em suposto esquema de “rachadinha” na Alerj, no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. “Rachadinha” é quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários. O filho de Bolsonaro foi deputado estadual de fevereiro de 2003 a janeiro de 2019.

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