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Wajngarten diz que Bolsonaro “condena e rejeita” qualquer uso da força

Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro, disse que opiniões são “absolutamente públicas” e seus comentários, “parte da democracia”

atualizado

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Advogado Fábio Wajngarten durante entrevista coletiva na sede do PL - Metrópoles
1 de 1 Advogado Fábio Wajngarten durante entrevista coletiva na sede do PL - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Ao comentar a divulgação de vídeo de reunião ministerial, Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro (PL), disse nesta sexta-feira (9/2) que todas as opiniões do ex-presidente são “absolutamente públicas” e seus comentários “fazem parte da democracia”.

vídeo da reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros e assessores serviu como base para a operação realizada pela Polícia Federal naa quinta-feira (8/2). Parte desses vídeos foi divulgada em primeira mão pela colunista Bela Megale, de O Globo, e depois recebidos também pelo Metrópoles.

Nas gravações, Bolsonaro pressiona seu entorno a agir antes das eleições de 2022 para se manter no poder.

O encontro aconteceu em 5 de julho de 2022. Em um dos momentos, o ex-presidente sugere que acredita em fraudes nas eleições para que a esquerda ganhe. Em outro trecho, destacado por Wajngarten, Bolsonaro diz que a providência a ser tomada não é o uso da força.

“Ficou absolutamente claro que o Presidente condena e rejeita qualquer uso da força”, escreveu Wajngarten pelas redes sociais.

Entenda o caso

A PF deflagrou na quinta-feira a Operação Tempus Veritatis (“hora da verdade”, em latim), que investiga suposta organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.

Os agentes cumpriram 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Policiais federais estiveram em endereços nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Entre os alvos estavam o ex-presidente Jair Bolsonaro; o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; e o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Walter Braga Netto.

Segundo apurações da PF, o grupo investigado teria se dividido em dois núcleos:

  1. Construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022; e
  2. Prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado.

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