“Vou dar um tiro na sua testa”: Delegado da Cunha ameaçou ex, indica boletim
Boletim de ocorrência foi registrado em dezembro de 2016, de acordo com jornal
atualizado
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O delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido nas redes sociais como o youtuber Delegado da Cunha, é acusado de ameaça de morte pela ex-mulher, a advogada Camila Rezende da Cunha, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com boletim de ocorrência obtido pela publicação, a ameaça foi registrada em dezembro de 2016 e ocorreu em um restaurante e na frente da filha do casal, à época com 3 anos. “Olha bem no meu olho. Se você pedir para eu falar baixo mais uma vez, eu vou dar um tiro no meio da sua testa”, disse Da Cunha, segundo a ex-mulher.
Segundo Camila, ameaças semelhantes já haviam ocorrido antes e, por isso, ela pedida medida protetiva à Justiça. Em outro trecho do boletim de ocorrência, a advogada contou que ele esteve na porta de sua casa de madrugada e fez intimidações.
Cerca de 12 dias após registrar a denúncia, Camila foi ouvida pela Corregedoria da PM em São Paulo e voltou a contar sobre as ameaças. Há relatos de vizinhos que dizem ter presenciado brigas entre o casal no meio da rua, inclusive, com disparo de arma de fogo. Ele foi submetido a um processo administrativo e absolvido após alegar que a arma disparou por acidente.
“Procurada pela Folha, Camila negou na segunda-feira (16/8) que tenha sofrido violência física ou psicológica do hoje ex-marido. Diz ter tido brigas normais de casal”, informou o jornal.
O delegado Da Cunha também foi procurado pelo jornal e negou que tenha praticado violência contra a ex-mulher.
Armas recolhidas
Da Cunha está afastado das atividades externas e teve suas armas e distintivo confiscados no fim de julho, em uma sindicância por ter chamado policiais de “rato”.
Para ele, a decisão da Polícia Civil paulista de tirá-lo das ruas de deve a ciúme na corporação em relação ao sucesso de seus vídeos.
O delegado é dono do maior canal policial no Youtube. Seus vídeos narram operações policiais e oferecem instruções de defesa pessoal. Ao saber que havia sido punido, Da Cunha afirmou em um de seus vídeos que vai entrar na Justiça para reaver a posse das armas.
Em nota ao Metrópoles no início deste mês, a Secretaria de Segurança Pública informou que “as medidas adotadas durante a apuração são de caráter sigiloso” e que “detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial”.