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Voto vencido no BC, Galípolo diz que cogitou corte de juros menor

Diretor do BC indicado por Lula, Gabriel Galípolo disse que cogitou votar por corte menor, de 0,25 ponto, como a maioria do Copom

atualizado

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Washington Costa/MF
Gabriel Galípolo
1 de 1 Gabriel Galípolo - Foto: Washington Costa/MF

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira (15/5) que cogitou votar por um corte de juros menor na reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), como foi a decisão da maioria e que culminou na redução da taxa básica de juros do país, a Selic, de 10,75% para 10,50% ao ano.

Houve uma divisão na diretoria do BC sobre o tamanho do corte. Dos oito diretores, quatro deles, todos indicados pelo atual governo do PT — incluindo Galípolo —, votaram a favor da redução de 0,50 ponto percentual (p.p.) da Selic. Outros quatro diretores, indicados pelo governo passado, optaram por uma queda menor, de 0,25 ponto percentual. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, resolveu o impasse. Ele aderiu à segunda turma, pelo corte de 0,25 p.p.

Segundo ele, a discussão sobre um corte de 0,25 ponto percentual ou 0,5 ponto não inviabilizaria a taxa restritiva o suficiente para alcançar a meta de inflação deste ano. “Cogitei votar em 0,25 e estaria confortável com esse voto hoje”, afirmou ele em evento do jornal Valor Econômico em Nova York (EUA).

“É normal que existam dissensos técnicos”, minimizou. “Se toda divisão de mundo que a gente tem fosse só 0,25 as coisas seriam bem mais fáceis”.

Galípolo foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Fernando Haddad e é hoje o principal nome cotado para presidir o BC quando o mandato de Campos Neto se encerrar, em dezembro deste ano.

Inflação

O diretor do BC ainda defendeu a convergência da inflação com a meta. “O Comitê de Política Monetária tem como função e obrigação manter a taxa de juros no patamar restritivo suficiente, pelo período necessário, para fazer a inflação convergir para a meta”, disse Galípolo.

O Banco Central tem como tarefa primordial a manutenção da inflação dentro da meta. O centro da meta estabelecido para 2024 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%. “Meta não se discute, meta se persegue e se atende”, frisou Galípolo.

Em elogios ao atual presidente Campos Neto, Galípolo disse que o colega é “muito zeloso” pela autonomia e preserva isso.

Mais cedo, na abertura da II Conferência Anual do Banco Central, em Brasília, o presidente da autoridade monetária disse que o debate no Copom foi centrado em critérios técnicos e todos os argumentos foram levados em consideração.

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