Voto na ONU mostra apoio do Brasil, diz representante da Ucrânia
O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil vinha cobrando, desde o início dos ataques, uma posição oficial do Brasil a favor da Ucrânia
atualizado
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O encarregado de negócio da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, demonstrou que a Ucrânia já está “satisfeita” com o voto que o Brasil deu, em apoio à Ucrânia, na Reunião do Conselho de Segurança da ONU, que aconteceu nesta sexta-feira (26/2).
Questionado como ele via o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da crise diplomática, Tckach respondeu: “O Brasil já expressou sua posição, ontem, durante a Reunião do Conselho de Segurança da ONU”.
“Lá, ele apoiou essa resolução que mencionei sobre condenar a Rússia e solicitar a retirada das tropas da Rússia do território da Ucrânia. Esse posicionamento na ONU já é um posição oficial do Brasil”, reforçou Anatoliy.
O encarregado de negócio da Ucrânia no Brasil cobrava, desde que a Rússia inicou os ataques, uma posição mais evidente do Brasil.
“Estamos esperando os países do mundo adotarem uma posição forte e condenação ao ataque russo, aplicar sanções mais severas e ajudar a Ucrânia. Precisamos tanto de ajuda humanitária, quanto combustíveis e tudo com o que puderem ajudar. Estamos esperando receber as armas defensivas para nos defender”, disse, na quinta-feira (24/2).
Posição na ONU
Durante a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada nesta sexta-feira (25/2), o embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Silva, condenou os ataques russos e disse que o mundo “precisa se livrar da guerra e que a paz e a lei internacional precisam prevalecer”.
“O Conselho de Segurança precisa agir rapidamente contra o uso da força. Precisamos criar as condições de diálogo. Temos que terminar esse conflito”, argumentou.
Costa Silva disse que o Brasil apoia a busca do “equilíbrio” e chamou de “inaceitável” a invasão do território ucraniano.
“Mantemos nossa convicção que ameaças e força não vão levar a um acordo. A ação militar vai minar a fé na lei internacional e colocar a vida de milhares de pessoas em risco. É nosso dever perseguir a imediata suspensão das hostilidades. Renovamos nosso apelo para total fim das hostilidades para a retomada das negociações diplomáticas.”