Voos, hospitais, apps de bancos: como apagão global afeta o Brasil

Um problema durante atualização de software da empresa CrowdStrike causou apagão global em diversos serviços no Brasil, incluindo saúde, finanças, telecomunicações e aeroportos, nesta sexta-feira (19/7). Confira quais serviços e empresas foram prejudicados no país.

As companhias aéreas relataram a possibilidade de atrasos durante as operações de voos no Brasil. A Latam e a Gol disseram que, até o momento, não houve impacto nos voos. No entanto, as operações da Azul podem sofrer atrasos.

Apesar das declarações das companhias, as operações de voos em algumas cidades foram prejudicadas pela queda cibernética. Confira os aeroportos:

• Aeroporto Internacional de Viracopos (SP)
• Aeroporto Internacional de Brasília – Presidente Juscelino Kubitschek
• Aeroporto Internacional de Florianópolis
• Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro

Foram registrados atrasos em seis voos da Linha Aérea Azul no aeroporto de Brasília, de acordo com a Inframerica. O sistema da Azul, que opera 95% dos voos em Viracopos, foi prejudicado pelo apagão, resultando em atrasos, de acordo com o g1.

Os problemas cibernéticos chegaram, também, ao Brasil. Alguns aplicativos e outros serviços foram afetados, como:

• Bradesco
• Nubank
• Neon
• Next

O aplicativo do Bradesco continua fora do ar, enquanto os outros relatam ter normalizado seus serviços. A locadora de veículos Localiza, uma das maiores do país, também está com o aplicativo indisponível.

Além das operações de voos e bancos, os sistemas internos de apoio do Supremo Tribunal Federal (STF) foram afetados pelo apagão. Os serviços de apoio, especialmente utilizados pelo público interno, ainda estão sendo reativados. Por volta das 7h, o portal do STF foi restabelecido.

Em nota encaminhada ao Metrópoles, o Nubank informa que seus serviços seguem operando normalmente. O único impacto identificado até o momento está na operação dos canais de atendimento ao cliente, levando a um tempo maior do que o habitual nas interações.

Hospitais afetados

O apagão cibernético desta sexta-feira (19/7) também afetou o funcionamento do Hospital das Clínicas de São Paulo, maior complexo hospitalar da América Latina. O problema já está em processo de estabilização, e não foi registrado nenhum prejuízo relevante.

Segundo informado pelo hospital, os equipamentos que usam a plataforma Windows 10 ficaram fora do ar durante a pane, o que prejudicou serviços como agendamento de consultas e atendimentos. Problemas semelhantes também foram registrados em outras unidades de saúde da cidade.

O Hospital Albert Einstein, localizado na zona oeste da capital paulista, afirmou que identificou, ainda na madrugada desta sexta, uma falha técnica no sistema fornecido pela CloudStrike e que, assim que o erro foi identificado, funcionários iniciaram a correção.

Já o Hospital Sírio Libanês, também na zona oeste, funciona com lentidão nos atendimentos em virtude da instabilidade nos sistemas. Segundo a assessoria do hospital, a coleta de exames laboratoriais foi temporariamente suspensa.

Postos de gasolina

O apagão cibernético global prejudicou o funcionamento de parte dos postos de combustíveis no Distrito Federal. Em estabelecimentos que utilizam sistema de nuvem da Microsoft, bombas travaram, e os frentistas não conseguiram emitir notas fiscais.

Um posto de combustíveis da L4 Sul, por exemplo, não conseguiu alterar os preços das bombas. Os valores ficaram travados na tabela de crédito, mais cara do que a de débito.