Vontade de causar sofrimento a ex motivou advogada a envenenar sogro
Amanda Partata matou ex-sogro e mãe dele envenenados. Polícia diz que motivo foi sentimento de rejeição e vontade de gerar sofrimento a ex
atualizado
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A Polícia Civil em Goiás concluiu nesta sexta-feira (29/12) o inquérito envolvendo a advogada Amanda Partata, indiciada pelos homicídios do ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86.
Conforme os investigadores, o sentimento de rejeição pelo término do namoro com médico Leonardo Pereira Alves Filho e a vontade de causar o maior sofrimento possível a ele foram as motivações de Amanda.
“Ela acreditava que o maior medo do ex-namorado era de perder os familiares”, disse o delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso.
Conversas entre Amanda e o ex, destacadas pela polícia, mostram isso. No dia 8 de dezembro, mesma data em que a advogada comprou o veneno usado contra o pai do ex e a mãe dele, Amanda pergunta a Leonardo Filho qual o seu maior medo.
“O mesmo de todo ateu. Adoro viver”, escreveu o médico em resposta. “Morrer? Você tem mais medo de morrer que de perder (no sentido morrer) quem você ama?”, rebate Amanda.
Segundo a polícia, antes de cometer o crime Amanda usou diversos perfis falsos para ameaçar o namorado e a sua família, desde julho deste ano.
Amanda vai responder pelo duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, e por envenenamento. Ela ainda foi indiciada pela tentativa de homicídio qualificado do marido de Luzia, que também estava no café.
Mãe e filho morreram em 17 de dezembro, após terem vômito, diarreia e dores abdominais, horas depois da refeição com a acusada. O laudo da perícia apontou que as mortes foram causadas por uma substância altamente tóxica introduzida em dois bolos de pote.