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Vizinhos ouviram gritos de menino decapitado pela mãe: “Vou morrer”

Moradores do prédio onde crime ocorreu, em João Pessoa (PB), relataram à polícia que criança gritava sem parar: “Estou com medo, mamãe”

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1 de 1 imagem colorida de miguel ryan, criança decapitada pela mãe em joão pessoa - Foto: Reprodução

Moradores do prédio onde uma mulher decapitou o próprio filho na madrugada de sexta-feira (20/9), em João Pessoa (PB), relataram à polícia que a criança chegou a gritar pedindo por socorro e dizendo que estava com medo.

O menino, Miguel Ryan Mendes Alves, de 6 anos, foi morto pela mãe, Maria Rosália Gonçalves Mendes, 26. O crime ocorreu na madrugada e os gritos da criança acordaram os vizinhos: “Socorro, vou morrer”, “estou com medo, mamãe”, “socorro, me ajude” e “mamãe, eu te amo”.

Essas frases constam no interrogatório de dois vizinhos ouvidos pela polícia como testemunhas do caso. Um deles, inclusive, foi quem acionou a polícia e gravou um áudio dos gritos para entregar à investigação. Ele conta, no depoimento, que achou que o menino tivesse sido abandonado em casa.

Vizinho bateu à porta do apartamento

A morte de Miguel ocorreu por volta das 3h. Horas antes, na noite de quinta-feira (19/9), ele já havia dado gritos que chamaram a atenção dos vizinhos. Um dos moradores bateu à porta de Maria Rosália para ver o que estava acontecendo e, conforme o relato, ela abriu assustada e com a criança do lado.

O menino, segundo o morador, estava com semblante de choro, sem roupas, mas sem marcas de lesão no corpo. A mãe disse ao vizinho que o filho estava no banheiro antes, alegando, ainda, que ele era autista e “muito escandaloso”. Em seguida, Maria Rosália pediu desculpas pelo incômodo e disse que iria acalmar o filho.

Os gritos voltaram a acontecer na madrugada, quando a criança foi decapitada pela mãe, com duas facas. Além dos pedidos por socorro, os moradores do prédio, localizado no bairro Mangabeira, zona sul de João Pessoa, foram acordados por barulhos de batidas, como se fossem portas batendo.

Mãe tentou se matar com uma tesoura

A polícia chegou ao prédio por volta das 4h. Os PMs encontraram a porta do apartamento de Maria Rosália aberta e, do lado de fora, conseguiam ouvir os mesmos barulhos de batidas vindos de dentro do imóvel.

Ao adentrarem o local, os policiais perceberam manchas de sangue no chão e viram o corpo da criança estirado na cozinha. Eles ordenaram para que a mãe parasse o que estava fazendo e ela, visivelmente transtornada, tentou atacá-los com duas facas na mão.

Para conter a mulher, os PMs deram dois tiros e ela ficou ferida. Conforme o interrogatório deles, mesmo algemada e com ferimentos, ela tentou se matar pegando uma tesoura, mas foi impedida.

A essa altura, Miguel Ryan já estava morto, decapitado. A mãe foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. O menino foi enterrado no sábado (21/9) em um cemitério na cidade de Pedras de Fogo, na região metropolitana de João Pessoa.

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