Vivo, Claro e Tim negociam compra da Oi. Valor pode chegar a R$ 15 bi
As empresas de telefonia afirmam ter interesse em todos os ativos do departamento de telefonia móvel, base de clientes e torres
atualizado
Compartilhar notícia
A Telefônica Brasil, detentora da marca Vivo, comunicou neste sábado (18/7), que o Conselho de Administração da empresa aprovou o envio de “proposta vinculante” para aquisição da Oi Móvel, empresa que está em recuperação judicial.
Segundo o grupo espanhol, a proposta foi feita em conjunto com as empresas Tim e Claro. No mercado financeiro, uma proposta vinculante quer dizer que o potencial comprador tem o real interesse de concretizar a transação proposta.
As empresas de telefonia afirmam ter interesse em todos os ativos do departamento de telefonia móvel da Oi. Entre eles estão os sistemas e plataformas da empresa, elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo, base de clientes, direito de uso de espaço em torres e imóveis e termos de autorização de uso de radiofrequência.
“A perspectiva da Companhia é que, se concretizada, a transação agregará valor para nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço. Além disso, contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”, afirma David Melcon Sanchez-Friera, diretor de Relações com Investidores da Telefônica, em comunicado.
O informativo explica que, caso o Grupo Oi aceite a proposta de aquisição da Oi Móvel por parte das concorrentes, “cada uma das interessadas receberá uma parcela do referido negócio”. As telefônicas não revelam, no entanto, como será feita a divisão das fatias da operadora e nem qual foi o valor proposto.
O Plano de Recuperação Judicial, iniciado em 2016, determina que o lance mínimo a ser considerado pela compra dos ativos móveis da Oi seria de R$ 15 bilhões.
Quando iniciou o processo, a Oi que tinha uma dívida total de R$ 64 bilhões com 55 mil credores entre pessoas físicas e jurídicas. Conforme o divulgado pela empresa, quando o plano for aprovado, o processo “viabiliza um fluxo de caixa adequado para a Oi, permitindo os pagamentos da dívida remanescente e assegurando um novo patamar de investimentos”.
A expectativa da companhia era aumentar o investimento de uma média anual de R$ 5 bilhões para R$ 7 bilhões. “O plano prevê que os recursos adicionais para investimentos virão de capitalização de R$ 4 bilhões de recursos novos e R$ 2,5 bilhões de recursos adicionais que podem ser buscados no mercado de capitais”, informou a empresa, à época.
A Oi está em processo de recuperação judicial e fará no mês que vem uma assembleia geral de credores para aprovar uma nova versão do seu plano, que prevê a venda de diversos ativos, como a parte móvel.
A venda da Oi será feita através de um leilão. Vivo, Claro e Tim farão sua oferta em conjunto e por isso terão o direito de cobrir o melhor dentre os demais lances apresentados no processo competitivo de venda do negócio móvel do Grupo Oi.