Viúva relata sumiço de relógio e aliança de ciclista atropelado em SP
Víúva de Rafael Tofoli disse que marido usava aliança e relógio de competição quando acabou atropelado no treino em rodovia de SP
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A empresária Edliene Maria da Rocha, viúva do ciclista Rafael Tofoli, morto após ter sido atropelado por um motorista embriagado na Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo, registrou um boletim de ocorrência na quarta-feira (21/7) após notar o desaparecimento da aliança de casamento e do relógio smartwatch do marido.
Colegas que pedalavam com a vítima disseram a ela que Tofoli usava ambos os pertences quando foi coberto com manta térmica por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O caso aconteceu na manhã de domingo (18/7), na altura do km 13 da rodovia.
Edliene contou ao Metrópoles que perguntou aos policiais do 24º Distrito Policial (Ponte Rasa), onde a ocorrência foi registrada, sobre os pertences do marido. Os oficiais responderam que apenas a carteira de motorista estava com o companheiro dela.
Na segunda (19/7), a empresária foi ao Instituto Médico Legal (IML) reconhecer o corpo de Tofoli. Lá, funcionários informaram Edliene que não havia pertences pessoais de seu esposo, e que ele teria dado entrada na unidade sem nenhum objeto no corpo.
Esposa relata desencontro de informações
No entanto, a viúva reparou que ele usava uma pulseira de borracha no pulso direito. Ela suspeita que a aliança e o relógio desapareceram entre a entrada na ambulância e a chegada ao IML.
“Eu só queria usar a aliança do meu marido. Tem um significado muito grande para mim”, desabafa.
Rafael Tofoli foi atropelado e morto na manhã de domingo pelo entregador Mcpolanski Hedernir Souza Costa, de 23 anos. Ele estava com mais três pessoas no carro e fugiu sem prestar socorros à vítima.
Segundo boletim de ocorrência, o suspeito decidiu ir para a praia e estava alcoolizado, mas foi localizado pela polícia em uma rua do bairro Artur Alvim, na zona leste. Ele foi indiciado por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar, com agravante de embriaguez e fuga do local.
