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Em júri, viúva relembra últimas palavras de Marielle: “Eu te amo”

Mônica Benício foi a terceira pessoa a depor durante julgamento dos assassinos confessos de Marielle Franco e Anderson, nesta quarta

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Imagem colorida da viúva de marielle Franco, Mônica Benício, em Tribunal do Júri, no RJ
1 de 1 Imagem colorida da viúva de marielle Franco, Mônica Benício, em Tribunal do Júri, no RJ - Foto: Reprodução

A viúva da vereadora Marielle Franco, Mônica Benício, foi a terceira pessoa a prestar depoimento no 4º Tribunal do Júri, em um fórum no Rio de Janeiro. Mônica se emocionou desde o início. Travou e precisou se esforçar para engolir as lágrimas e conseguir se expressar sobre a esposa em vida e o assassinato dela.

Nesta quarta-feira (30/10), foi dado início ao julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, 6 anos e 7 meses após as mortes. O júri começou a análise por volta das 10h30 e seguirá com as testemunhas.

Durante suas falas, Mônica descreveu a vereadora Marielle e comentou planos que tinham para o futuro. “Uma pessoa com poder de empatia que nunca vi. A Marielle lia e via a dor das pessoas com uma generosidade muito bonita”, disse.

“Era uma das pessoas mais companheiras que conheci, no sentido mais generoso que essa palavra pode ter.”

Mônica também relembrou as últimas palavras de Marielle. “Eu vivi muitas coisas bonitas do lado da Marielle. E aprendi que o amor está nos detalhes. Lembro também do último segundo que eu vi a minha esposa com vida. A última coisa que ela me disse foi ‘eu te amo’.”

Questionada pelo Ministério Público sobre o que espera do julgamento dos assassinos confessos de sua esposa, Mônica disse que falar em justiça é pouco, “pois Marielle não está mais aqui, teve a vida interrompida”.

“Dentro do que é possível, espero que se faça a justiça que o Brasil e o mundo esperam há 6 anos e 7 meses, porque isso é importante também, não só para o símbolo, mas para a Marielle Francisco, defensora de direitos humanas e para a família do Anderson. Para que possamos dar o exemplo de que crimes como esse não podem existir”, afirmou.

Mônica ainda completou: “É um dos crimes mais emblemáticos da história recente do nosso país. Ele representa muita coisa”, analisou.

Durante o julgamento, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) vai pedir ao Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Júri a condenação máxima para os executores do crime. O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado argumentará para que a pena dos réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz chegue a 84 anos de prisão.

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