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Viúva de dono de cartório morto diz que casal tinha relação aberta

Em interrogatório, mulher suspeita de ser mandante do crime afirma que tanto ela quanto o marido tinham relações extraconjugais homossexuais

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Dono de cartório Luiz Fernando morto sequestrado rubiataba goias
1 de 1 Dono de cartório Luiz Fernando morto sequestrado rubiataba goias - Foto: Reprodução/Facebook

Goiânia – Presa há uma semana por suspeita de ser a mandante da morte de seu esposo, um dono de cartório em Goiás, com quem teve três filhos, a viúva disse, durante interrogatório, que os dois mantinham relacionamentos extraconjugais homossexuais. Casada há oito anos com o cartorário, ela afirmou que estava fazendo catequese para receber o sacramento do matrimônio na Igreja Católica.

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Esposa é suspeita de encomendar morte do marido
Esposa foi presa por suspeita de encomendar morte do marido
Luiz Fernando foi sequestrado e morto em Rubiataba (GO)
Polícia suspeita que esposa mandou matar Luiz Fernando, em Rubiataba (GO)
Polícia procura por suspeito de envolvimento na morte de dono de cartório em Goiás
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Mulher mandou matar marido e foi para a igreja com os filhos

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Esposa é suspeita de encomendar morte do marido

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Esposa foi presa por suspeita de encomendar morte do marido

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Luiz Fernando foi sequestrado e morto em Rubiataba (GO)

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Polícia suspeita que esposa mandou matar Luiz Fernando, em Rubiataba (GO)

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Polícia procura por suspeito de envolvimento na morte de dono de cartório em Goiás

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Corpo de dono de cartório foi encontrado em matagal na zona rural

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Caminhonete de vítima fazia parte do pagamento pelo homicídio, segundo a PCGO

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Equipe da Polícia Civil trabalha em local onde carro da vítima foi encontrado

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Arma utilizada no crime foi achada em caminhonete

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De acordo com inquérito da Polícia Civil de Goiás, ao qual o Metrópoles teve acesso com exclusividade, a escrevente de cartório substituta Alyssa Martins de Carvalho, de 32 anos, é investigada por ser a mandante da morte de Luiz Fernando Alves Chaves, de 40. A suspeita é de que ela estaria interessada no dinheiro do seguro de vida dele, cujo valor não foi divulgado.

O corpo dele foi encontrado em um canavial, na madrugada da última quarta-feira (29/12), por volta das 4h30, na zona rural de Rubiataba, no centro de Goiás. Outros três suspeitos também já foram presos. Um está foragido.

Relação aberta

Filha de pastor, Alyssa contou à polícia que ela e o dono do cartório começaram a se relacionar em janeiro de 2012. Em julho do ano seguinte, de acordo com o inquérito, os dois se casaram. Na época, segundo informações repassadas pela escrevente durante o interrogatório, Luiz Fernando era advogado e tinha “boa condição financeira”.

De acordo com o inquérito, Alyssa disse que, até então, o relacionamento dela com o cartorário estava “normal”. Ela também confirmou que “ambos mantinham relacionamentos extraconjugais”, em comum acordo, já que, conforme acrescentou, “esse fato era de conhecimento dos dois”.

A viúva, segundo o inquérito, contou que se encontrava, esporadicamente, com uma mulher, com quem mantinha relacionamentos sexuais. Alyssa também disse que, em uma das ocasiões, o cartorário viu, por vontade própria, as duas juntas durante o sexo.

Alyssa disse, ainda, que “é de seu conhecimento que Luiz Fernando mantinha relacionamentos com outros homens”. “Soube disso quando estava em meados da gravidez da filha caçula”, afirmou um trecho do inquérito. A escrevente e o cartorário tiveram um casal de gêmeos, de 5, e uma menina mais nova, de 3.

Segundo o inquérito, a viúva contou que “Luiz Fernando sempre foi estudioso” e que, na época em que se conheceram, ele já havia passado no concurso para o cartório. No entanto, conforme ela disse, o cartorário, que começou a exercer a atividade em abril de 2014, nem acreditava que iria ser chamado e, por isso, a intenção dele era estudar para se tornar juiz.

Caso com colega

A viúva, ainda conforme o inquérito, disse que já ouviu relatos de que Luiz Fernando mantinha “relacionamento amoroso” extraconjugal com um colega de trabalho.

A escrevente também relatou que “Luiz Fernando, como cartorário, era uma pessoa muito empenhada, dedicada, esforçada e responsável”. Normalmente, nos dias em que não tinha aula do curso para concurso de juiz substituto, segundo a viúva, ele ficava até por volta das 19h no cartório. Em alguns dias, excedia esse horário.

Luiz Fernando foi morto com 17 tiros, depois de ser sequestrado em casa e baleado em um canavial, na zona rural de Rubiataba, no centro de Goiás, na noite do dia 28 de dezembro. O corpo dele foi encontrado na madrugada do dia seguinte, no mesmo local. O dono do cartório foi levado ao local do crime na camionete dele, uma Toyota SW-4 branca, que foi recuperada pela polícia em seguida.

Presos

Além da viúva do cartorário, três homens foram presos:

  • André Luiz Silva, de 30: dono de garagens de veículos em Anápolis e Campo Limpo de Goiás, onde mora há sete meses, é agiota e investigado por recrutar comparsas para roubar a camionete Toyota SW-4 branca do dono do cartório e matá-lo.
  • Edvan Batista Pereira, de 23: ligado a criminosos do PCC em Goiás, é investigado por ser autor dos 17 disparos contra o cartorário. Ele, que mora em Pirenópolis (GO), disse à polícia que conheceu André no presídio de Anápolis e que aceitou a proposta dele para quitar uma dívida de R$ 2,5 mil, além de receber mais R$ 2,5 mil. Outros R$ 5 mil deveriam ser repassados a outro comparsa.
  • Laurindo Lucas Gouveia dos Santos, de 21: Também é morador de Pirenópolis (GO) e disse à polícia que se envolveu no crime após receber mensagens por WhatsApp e ligação de Edvan para levá-lo de carro até Rubiataba e deixá-lo na cidade. No entanto, afirmou que, no percurso, foi surpreendido pela informação de que teria de participar do roubo e do assassinato.

A equipe de investigação ainda procura Luzimar Francisco Neves, que é citado pelos presos como “Chefe” e investigado por supostamente iniciar a rede de contatos da associação criminosa, a mando da viúva. Ele tem mandado de prisão temporária em aberto.

O Metrópoles não conseguiu identificar contato das defesas dos suspeitos nem de familiares do dono do cartorário, mas o espaço segue aberto para manifestações.

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