Viúva após aniversário da morte de Marielle: “60 meses sem justiça”
A vereadora Mônica Benício criticou a morosidade da Justiça na elucidação do crime, que segue sem identificar os mandantes
atualizado
Compartilhar notícia
Um dia depois do aniversário de cinco anos da morte de Marielle Franco, assassinada em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, a viúva da ativista, a vereadora Mônica Benício, usou as redes sociais para desabafar sobre o crime, nesta quarta-feira (15/3).
“Cinco anos e um dia. O dia 15 é pior do que o 14. No 15 eu acordei com a cama vazia e constatei que a noite do 14 não tinha sido apenas um pesadelo. A ausência dela se materializou no vazio da cama. Por não desejar essa dor a ninguém, sigo lutando”, afirmou Mônica.
cinco anos e um dia. O dia 15 é pior do que o 14. No 15 eu acordei com a cama vazia e constatei que a noite do 14 não tinha sido apenas um pesadelo. A ausência dela se materializou no vazio da cama. Por não desejar essa dor a ninguém, sigo lutando #QuemMandouMatarMarielle
— Monica Benicio (@monica_benicio) March 15, 2023
A vereadora ainda reclamou da morosidade da Justiça na elucidação do caso. “5 anos e de saudade, 60 meses sem justiça. 1.827 dias sem ela, 1.827 dias sem saber. Por quê? Quantos mais terei que contar? Até quando?”, questionou a viúva.
Apesar da repercussão do crime, até agora apenas os executores foram presos. O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter feito os disparos que mataram a vereadora e o motorista, e o ex-policial militar Elcio de Queiroz, suspeito de dirigir o carro que perseguiu a política após ela sair de um evento na Lapa, zona central do Rio, foram presos em 2019.
A Justiça ainda não chegou aos possíveis mandantes do assassinato de Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.