Vítimas de massacre em Suzano serão veladas juntas
Cerimônia será realizada nesta quinta-feira (13/3), no parque Max Feffer, conhecido como Arena Suzano. Atiradores mataram oito pessoas
atualizado
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Enviado especial a Suzano (SP) – O velório das vítimas do massacre no Colégio Estadual Raul Brasil será realizado nesta quinta-feira (13/3), no parque Max Feffer, conhecido como Arena Suzano.
A secretária substituta de educação básica, Iolene Lima, enviada pelo Ministério da Educação (MEC) para acompanhar o caso, confirmou ao Metrópoles que cinco corpos já foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) na noite desta quarta-feira (13/3).
Na arena serão veladas sete vítimas, sendo seis estudantes e a diretora do colégio. Os copos estão sendo preparados em funerárias da cidade e as famílias já concordaram com o velório coletivo.
Responsável pela organização do local, o funcionário da prefeitura de Suzano César Braga destacou que ajustes de segurança e cortejo ainda são definidos. “Detalhes de batedores e organização da cerimônia estão sendo discutidos”, afirmou. Nesta noite, funcionários da prefeitura instalam cadeiras e ninguém pode entrar na Arena Suzano, segundo Braga.
Mesmo após quase 10h do massacre, a movimentação é grande na cidade de Suzano. Familiares e amigos das vítimas ainda estão no colégio, no IML e na delegacia. Aos poucos, pessoas começam a chegar no local do velório: a Guarda Civil Municipal cuida da vigilância da região.
Confira imagens da preparação da Arena Suzano para a cerimônia:
Investigações e apoio aos sobreviventes
A secretária substituta de educação básica, Iolene Lima, esteve no colégio e conversou com o delegado que acompanha o caso. Os investigadores tentam descobrir o que motivou o ataque.
Foram apreendidos pela polícia celulares, computadores e cadernos dos dois atiradores envolvidos no massacre, que matou oito pessoas e deixou mais de 10 feridos. Os criminosos foram identificados como Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25. Ambos eram ex-alunos do colégio e também morreram quando a PM entrou na escola: Guilherme matou Luiz Henrique e depois tirou a própria vida.
Iolene classificou episódio como traumático. “Tudo que envolve criança e adolescente nessa circunstância é muito difícil de entender. Ninguém consegue se conformar. É tudo muito triste”, lamentou.
As aulas no colégio Estadual Raul Brasil estão suspensas até pelo menos a próxima segunda-feira(18/3). O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), decretou luto oficial de três dias no estado.
A prefeitura de Suzano e o governo estadual vão disponibilizar psicólogo e psiquiatra para ajudar no auxílio às famílias das vítimas e da comunidade escolar.