Vítimas de golpes bancários acusam polícia de morosidade
Bancos e telefonias se comprometeram com o Procon de SP a criar centrais para bloqueio imediato de contas após a perda ou roubo do aparelho
atualizado
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São Paulo – Vítimas de quadrilhas do “limpa-conta” estão há até um ano esperando ações da Polícia Civil de São Paulo. Segundo levantamento feito pela Folha de S.Paulo, ao menos oito pessoas ainda aguardam ações policiais para crimes que envolvem roubo de celulares e invasão de aplicativos bancários.
No começo da semana, completou um ano que a quadrilha deixou um rombo de quase R$ 10 mil na conta de uma jovem de 28 anos. Até hoje ela aguarda ser ouvida pela polícia para eventual investigação.
O crime, que é cada vez mais comum em São Paulo, conta também com casos como o do gerente Amilker da Silva Chiosini, 25 anos. Ele teve seu aparelho furtado no último mês, na zona oeste paulista. Cerca de R$ 20 mil foram levados pelos criminosos.
“O complicado é a polícia não fazer nada… Pela chave Pix eu descobri o CPF de uma das pessoas, chamado Michel Geovani, tenho endereço, telefone, CPF, tenho até a cara da pessoa, mas nada é feito”, relatou Chiosini à Folha.
Segundo o governo local, a Polícia Civil tem, no momento, 12 inquéritos em andamento. A administração afirma também que casos como estes estão sendo conduzidos pela Divisão de Crimes Cibernéticos, subordinada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC).
Em nota, a polícia orienta à vítima que troque as senhas, registre o boletim de ocorrência pela Delegacia Eletrônica e solicite o bloqueio do telefone.
Nesta quarta-feira (23/6), bancos e empresas de telefonia se comprometeram com o Procon de São Paulo a criar centrais de emergência para bloqueio imediato de contas após a perda do aparelho.