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Vítima de pastor no RJ: “Não vou parar enquanto não colocar na cadeia”

Nayara Kelly Oliveira, 25, denunciou Fabio Henrique de Jesus, pastor acusado de importunação sexual. Novas vítimas denunciaram o religioso

atualizado

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Polícia Civil Rio de Janeiro
1 de 1 Polícia Civil Rio de Janeiro - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – O pastor acusado de importunação sexual contra uma fiel durante a oração já fez outras vítimas, da mesma forma. Nayara Kelly Oliveira, 25, estava em casa com o filho de 3 anos quando Fabio Henrique de Jesus, líder da Igreja Pentecostal Justiça de Deus, em Paciência, zona oeste do Rio, cometeu o crime.

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Fabio Henrique de Jesus abusou de Nayara e outras vítimas durante a oração
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Após o relato de Nayara Kelly, outras vítimas apareceram denunciando Fabio Henrique de Jesus, líder da Igreja Pentecostal Justiça de Deus, em Paciência, zona oeste do Rio

Arquivo pessoal
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Fabio Henrique de Jesus abusou de Nayara e outras vítimas durante a oração

Reprodução

Ao Metrópoles, a vítima conta que tinha voltado a frequentar igreja evangélica recentemente, a convite de uma amiga. No final do culto, ele pegou o contato de Nayara e a convidou para uma campanha de oração.

O crime aconteceu no domingo (31/7), por volta das 14h. Na sexta-feira anterior, ele se ofereceu para orar por ela, mas como a vítima estava acompanhada de uma amiga, nada de errado aconteceu.

“Ele orou por nós e ficou tudo certo, não vi nada de errado. No final da oração, ele me chamou para um canto e disse: ‘Quero orar só por você e seu filho, fazer uma corrente de oração para quebrar essa obra de feitiçaria que fizeram sobre sua vida’”, disse Nayara à reportagem.

No domingo, Nayara teve o sono da tarde interrompido por quatro ligações de Fabio, que disse estar próximo de sua casa e perguntou se podia ir até lá para fazer uma oração.

“Cinco minutos depois ele estava no meu portão, me chamando. Meu filho estava próximo, ele mandou eu fechar os olhos e começou a orar por mim. Não demorou muito, eu senti algo na minha perna. Quando eu abro os olhos, vejo que ele está com o órgão para fora da roupa. Na hora comecei a gritar, falei que absurdo é esse e ele perguntando “o que foi?”, como se nada estivesse acontecendo. Comecei a gritar, expulsei da minha casa e em seguida liguei para a polícia”, relatou Nayara.

Desde então, a igreja não foi mais aberta e o acusado não foi mais visto. Nayara foi à delegacia, fez o registro de ocorrência e decidiu compartilhar o crime nas redes sociais. Desde então, novas vítimas começaram a surgir.

O caso está sendo investigado pela 36ªDP (Santa Cruz): “Peço que quem foi vítima dele venha na delegacia o mais rápido possível. Para pedir a prisão, é necessário termos informações mais consolidadas. Precisamos que mais pessoas apareçam”, disse o delegado Fabio Luiz, titular da distrital, ao Metrópoles.

“Orava muito próximo a mim”

A partir da publicação da Nayara, outras mulheres enviaram mensagens de solidariedade e disseram que já passaram pela mesma coisa. Em um dos relatos, uma diz:

“Eu também fui vítima do pastor de merda. Que ódio. Eu estou apavorada. Estávamos fazendo uma campanha de sete dias, ele orava muito próximo a mim. Muito próximo mesmo. Eu ficava desconfortável. Dava para sentir o pênis dele. Nos outros dois dias eu não fui mais”, relatou uma vítima.

Em um outro relato, uma mulher apoiou Nayara e disse que acredita em tudo que ela falou, pois passou pela mesma situação.

“Como eu tinha acabado de me afastar da igreja, tinha voltado a beber, deixei para lá, pois muitos iriam dizer que por ele ser “homem de Deus”, eu estava sendo usada por satanás”, contou uma outra vítima em mensagem enviada a Nayara.

Indignada com toda essa situação, Nayara busca por justiça e pede para que outras vítimas procurem a delegacia. Com mais denúncias, será possível fazer o pedido de prisão de Fabio de Jesus.

“Eu fiquei chocada com a quantidade de relatos e denúncias contra ele. Meu sentimento é de raiva, eu estou chocada com toda essa situação e não vou parar enquanto não colocar ele na cadeia . Ele não pode ficar impune. Estou fazendo isso por mim e por tantas outras vítimas que ele já fez por aí”, diz Nayara.

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