metropoles.com

Vítima de médico preso no Rio desabafa: “Sinto vergonha e muita dor”

Claudia Amorim, 54, gastou cerca de R$ 30 mil com cirurgias plásticas e reparadoras com o médico Bolívar Guerrero, preso por cárcere privado

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Aline Massuca/ Metrópoles
Claudia Amorim, aposentada, mais uma vítima do Médico Bolívar Guerrero
1 de 1 Claudia Amorim, aposentada, mais uma vítima do Médico Bolívar Guerrero - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

Rio de Janeiro – A prisão do médico Bolívar Guerrero, na última segunda (18/7), em Duque de Caxias, Baixada Fluminense do Rio, fez com que outras vítimas fossem até a delegacia prestar queixa sobre os problemas causados pelo cirurgião. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, a aposentada Claudia Amorim, de 54 anos, contou que chegou a gastar cerca de R$30 mil em procedimentos.

“Tenho vergonha, sinto muita dor. Está sendo muito difícil, isso mexe com a minha autoestima e gerou complicações”, disse Claudia à reportagem.

Em 2020, a paciente iniciou os procedimentos com o médico. Ela fez abdominoplastia, lipoaspiração e redução da mama. Claudia diz que Bolívar a deixou com mais uma cicatriz além da cesariana. Assim que viu o problema, ela solicitou a reparação.

8 imagens
Claudia Amorim procurou a delegacia após a repercussão do caso
A mulher ficou com o abdômen estendido após a cirurgia
A aposentada Claudia Amorim foi mais uma vítima do médico Bolívar Guerrero
A Delegacia da Mulher de Duque de Caxias- Deam, investiga o caso
Ao menos 12 pacientes do médico preso por manter mulher em cárcere buscaram a polícia
1 de 8

Claudia afirma que uma mama ficou maior que a outra após a cirurgia

Aline Massuca/ Metrópoles
2 de 8

Claudia Amorim procurou a delegacia após a repercussão do caso

Aline Massuca/ Metrópoles
3 de 8

A mulher ficou com o abdômen estendido após a cirurgia

Aline Massuca/ Metrópoles
4 de 8

A aposentada Claudia Amorim foi mais uma vítima do médico Bolívar Guerrero

Aline Massuca/ Metrópoles
5 de 8

A Delegacia da Mulher de Duque de Caxias- Deam, investiga o caso

Aline Massuca/ Metrópoles
6 de 8

Ao menos 12 pacientes do médico preso por manter mulher em cárcere buscaram a polícia

Reprodução
7 de 8

O médico responde a pelo menos 19 processos na Justiça

Reprodução
8 de 8

Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, preso por manter paciente em cárcere privado

Reprodução

Em agosto de 2021, ela voltou à mesa de cirurgia. Quando retirou os pontos, Claudia percebeu que o umbigo estava estranho. No hospital, ouviu que aquilo era normal, mas desde então a paciente sofre com inchaço na região.

“Ele dizia que isso era normal. Me mandou parar de tomar refrigerante, mas eu nem tomo. Só tomo suco. Não sou de comer besteira. Foi então que ele falou para fazer exames e foi constatado que eu estava com hérnia umbilical por causa da cirurgia”, relatou a vítima.

Em dezembro, a paciente iria fazer pela terceira vez a cirurgia reparadora. A mulher conta que o médico cobrou mais de R$ 10 mil para refazer os seios, colocar prótese e não cobraria pela lipo, já que ela estava com hérnia.

“Espero que isso sirva de exemplo para outras pessoas. Eu quero justiça e peço a Deus pela vida daquela moça, que está internada, para ela melhorar logo. Não quero ser só mais uma. Eu ouvi gente falando que ele era ruim, mas eu vi muitas pacientes que ficaram bonitas, então eu não acreditei. Quero meus direitos, eu fiz depósito mês passado, quero ser ressarcida. Daqui a pouco ele pode estar solto, operando de novo”, lamenta Claudia.

Até o momento, cerca de 12 mulheres já procuraram a Delegacia da Mulher de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para denunciar o médico.

“E agora? Quem vai me arrumar? Quem vai ajudar a gente? Eu não tenho condições. Ninguém vai. Eu ainda estou pagando, é descontado todo mês do meu salário”, desabafa a aposentada.

Prisão

Bolívar Guerrero, de 63 anos, está preso acusado de cárcere privado pela família de uma paciente. Daiana Chaves Cavalcanti, de 36 anos, está internada há quase dois meses no Hospital Santa Branca, em Caxias, e sendo impedida de fazer a transferência hospitalar.

Segundo a Polícia Civil, há indícios de que a paciente esteja apodrecendo no hospital, devido às complicações pós-cirúrgicas.

A família de Daiana já conseguiu uma liminar na Justiça, sob pena de multa de R$ 2 mil reais por dia, em caso de descumprimento, mas até o início da noite de quarta-feira (20/7), ela continuava no mesmo hospital.

O Metrópoles procurou o Hospital Santa Branca, mas até a conclusão da reportagem, não obteve retorno.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?