Em depoimento, vítima de estupro por anestesista agradece pelo apoio
Parturiente e marido foram ouvidos reservadamente pela polícia. Investigadores afirmaram que ela se manteve firme durante depoimento
atualizado
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Rio de Janeiro – A parturiente que foi vítima de estupro pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra durante cesariana, no último domingo (10/7), foi ouvida pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A mulher e o marido prestaram depoimento fora da unidade policial, na tarde de sexta-feira (15/7). Segundo informações da Polícia Civil, a vítima se demonstrou firme durante a oitiva e está grata por toda a mobilização das pessoas.
Na última quinta-feira, a delegada Barbara Lomba, titular da Deam, afirmou que a vítima estava muito emocionada com toda a situação e que tanto ela quanto o bebê estavam bem.
O inquérito que investiga o abuso sexual sofrido pela mulher deve ser concluído na próxima terça-feira (19/7). No entanto, o médico já virou réu por estupro de vulnerável.
Todos os casos de possíveis vítimas do médico anestesista serão levantados em um segundo inquérito. Até o momento, seis mulheres já se apresentaram na delegacia.
Médico virou réu
Giovanni Quintella Bezerra virou réu por estupro de vulnerável após denúncia do Ministério Público do Rio. De acordo com os órgãos, já há provas suficientes contra o médico.
“Giovanni Quintella Bezerra, “agindo de forma livre e consciente, com vontade de satisfazer a sua lascívia, praticou atos libidinosos diversos da conjunção carnal com a vítima, parturiente impossibilitada de oferecer resistência em razão da sedação anestésica ministrada“, diz trecho da denúncia.
Segundo o juiz Luís Gustavo Vasques, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, a denúncia “A esse respeito, destaco que a denúncia contém a exposição dos fatos criminosos, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e o rol de testemunhas”.