metropoles.com

Vítima de cárcere sobre falsa médica: “Espero que pague pelo que fez”

Daiana Cavalcanti, 36, diz que foi enganada por técnica de enfermagem Kellen Queiroz, que trabalhava com o médico Bolívar Guerrero

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/TV Globo
Daiana Chaves Cavalcanti, 36, paciente mantida em cárcere privado
1 de 1 Daiana Chaves Cavalcanti, 36, paciente mantida em cárcere privado - Foto: Reprodução/TV Globo

Rio de Janeiro- Após perceber que foi enganada não só pelo médico Bolívar Guerrero, 63, mas também pela sua técnica de enfermagem, que se passava por médica, Daiana Cavalcanti quer justiça. Kellen Cristina de Queiroz dos Santos, 31, era conhecida como “Dra. Kellen” no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio, e pode ter colocado prótese de silicone na vítima.

“Não quero o mal de ninguém, mas espero que ela pague pelo que fez”, disse Daiana Cavalcanti, 36, ao Metrópoles. A paciente ficou internada por quase dois meses e acusa o cirurgião plástico Bolívar Guerreiro, de cárcere privado.

10 imagens
Kellen Queiroz em mensagem com Daiana Cavalcanti sobre a família da paciente ter procurado a polícia
Kellen Queiroz era técnica de enfermagem mas se passava por médica na clínica de Bolivar Guerrero, preso após manter paciente em cárcere privado
Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, preso por manter paciente em cárcere privado
O médico responde a pelo menos 19 processos na Justiça
A Delegacia da Mulher de Duque de Caxias- Deam, investiga o caso
1 de 10

A técnica de enfermagem Kellen Queiroz se passou por amiga de Daiana Cavalcanti

Arquivo pessoal
2 de 10

Kellen Queiroz em mensagem com Daiana Cavalcanti sobre a família da paciente ter procurado a polícia

Arquivo pessoal
3 de 10

Kellen Queiroz era técnica de enfermagem mas se passava por médica na clínica de Bolivar Guerrero, preso após manter paciente em cárcere privado

Reprodução/Redes Sociais
4 de 10

Cirurgião plástico Bolívar Guerrero Silva, preso por manter paciente em cárcere privado

Reprodução
5 de 10

O médico responde a pelo menos 19 processos na Justiça

Reprodução
6 de 10

A Delegacia da Mulher de Duque de Caxias- Deam, investiga o caso

Aline Massuca/ Metrópoles
7 de 10

Daiana Chaves gravou vídeo pouco antes de ser transferida de hospital

Reprodução de vídeo
8 de 10

Daiana Cavalcanti (à esquerda) foi levada para uma churrascaria por técnica de enfermagem durante a internação

Reprodução
9 de 10

Daiana Chaves Cavalcanti, 36, paciente mantida em cárcere privado

Reprodução/TV Globo
10 de 10

Ao menos 12 pacientes do médico preso por manter mulher em cárcere buscaram a polícia

Reprodução

Em troca de mensagens pelo WhatsApp, antes da família da paciente procurar a polícia, Kellen disse para Daiana: “Quero que você fique tranquila e confiante. Você vai sair dessa e vai ficar linda”, disse a técnica de enfermagem.

Bolívar foi preso dia 18 de junho pela Delegacia da Mulher de Duque de Caxias após a família de Daiana fazer um registro de ocorrência. A mulher tentou transferência de hospital por duas vezes, mas foi impedida pelo cirurgião plástico.

Daiana fez uma abdominoplastia com o médico em maio, mas devido às complicações, precisou ser internada. A paciente ficou com a barriga infeccionada após o procedimento.

Durante a internação, ela conheceu Kellen Queiroz, que era da equipe de Bolívar e se apresentou como médica. Mesmo com a barriga aberta e infeccionada, Daiana foi convencida a pagar R$ 14 mil para colocar prótese de silicone.

“Ela fez com que eu me sentisse culpada e eu estava ali, chorando, cheia de dor. Ela vinha, se mostrava preocupada, dava duas injeções de benzetacil de cada lado, mas meu seroma não parava de sair”, disse Daiana à reportagem.

A vítima acredita que a própria Kellen, mesmo não sendo médica, possa ter feito a cirurgia em seu peito, que necrosou dias depois.

Daiana conta que a técnica ganhou sua confiança, mostrava preocupação pela saúde dela e disse que quem colocaria sua prótese não seria Bolívar, mas sim ela mesma. Depois que a nova cirurgia deu errado, a família da vítima procurou a delegacia. Kellen enviou mensagens dizendo se sentir enganada: “você traiu minha confiança se queixando para a polícia como se nada tivéssemos fazendo. Estou muito decepcionada com você”, disse a falsa médica.

A delegada Fernanda Fernandes, que investiga o caso, não quis comentar a questão e disse ao Metrópoles que a investigação está sob sigilo.

Em depoimento à polícia, Kellen Queiroz disse que é estudante de medicina, mas está com o curso trancado. Segundo Daiana, ela se apresenta como médica e é conhecida dessa forma no Hospital Santa Branca.

Já o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, informou que Kellen não tem o registro de técnica de enfermagem definitivo. Em 2009, ela tinha apenas o provisório, mas não deu continuação no processo para pegar a licença definitiva, o que configura exercício ilegal da profissão.

A defesa de Daiana informou à reportagem que já entrou com uma ação judicial contra o Hospital Santa Branca e Bolívar Guerrero por dano moral, material e por futuros danos estéticos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?