Vítima de briga de trânsito tinha carreira em direito internacional
O advogado Daniel Mourad Mazjoub morreu aos 47 anos após ser atingido por um tiro nas costas em São Paulo
atualizado
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São Paulo – O advogado Daniel Mourad Mazjoub, morto com um tiro nas costas durante briga de trânsito em São Paulo, tinha uma carreira dedicada ao direito internacional. Ele deixou três filhos e a mulher, que também atua como advogada.
Em fevereiro do ano passado, Mazjoub defendeu o terrorista Carlos García Juliá, condenado pelo ataque à estação de metrô Atocha, na Espanha, em 1977, durante processo de extradição do Brasil. O ativista de extrema-direita estava preso desde 2018 em São Paulo e foi extraditado de volta ao seu país.
Formado em direito pela Universidade de São Paulo, Majzoub fez cursos nas universidades Harvard e de Berkeley, nos Estados Unidos.
Na noite de sábado (7/8), Majzoub se envolveu em uma briga de trânsito com um motorista de um Audi A4 na Rua Nova Cantareira, de acordo com o R7. Os veículos de ambos ficaram lado a lado e o advogado desceu do carro para tirar satisfação. Ao tentar retornar para o automóvel, Majzoub foi atingido com um tiro nas costas. O suspeito fugiu logo em seguida.
O caso está sendo investigado pelo 20º DP e ninguém foi preso.
O advogado tinha proeminência na comunidade libanesa em São Paulo, que emitiu comunicado de pesar nesta segunda-feira. Em nota, o Consulado Geral do Líbano manifestou condolências à família e pediu que a “justiça seja feita”.