Vistoria de gás não foi feita em apartamento onde casal morreu no Rio
De acordo com a Naturgy, houve recomendação para manutenção periódica; suspeita é de que casal tenha sido asfixiado por vazamento de gás
atualizado
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O laudo da inspeção periódica de gás, que precisa ser contratada pelos moradores, do apartamento em que um casal morreu no Leblon, no Rio de Janeiro, não foi enviado à concessionária. De acordo com a Naturgy, que faz a notificação aos condôminos, houve recomendação para manutenção periódica.
A informação é do Extra. O fato de não ter sido enviado o laudo, no entanto, não significa que há ilegalidade. O prazo, que venceria em setembro de 2020, havia sido prorrogado para março de 2023, por causa da pandemia.
Mateus e de Nathalia Guzzardi Marques, ambos de 30 anos, foram encontrados mortos no box do banheiro de um imóvel na Avenida Bartolomeu Mitre, no bairro da zona sul do Rio. De acordo com a delegada Natacha Alves de Oliveira, titular da 14ª DP (Leblon), o exame de necropsia identificou “sinais de asfixia”.
Os investigadores suspeitam de que a tragédia tenha sido causada por vazamento de gás.
O prédio, ainda de acordo com o Extra, está com a autovistoria em dia, embora haja um “comunicado de adequação de edificação”, com prazo até dezembro de 2023.
“A responsabilidade da inspeção periódica de gás é do morador. A Naturgy apenas avisa da necessidade de inspeção. A pessoa, então, precisa chamar um órgão credenciado pelo Inmetro. Há, depois, três resultados para a inspeção: o laudo pode dar a aprovação, ou pedir ajustes, ou reprovar. Mas quando não se faz, não há multa”, explicou o engenheiro de distribuição de gás, Luiz Felipe Boueri.