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Violência no RN: número de presos após ataques sobe para 67

Bandidos continuam a onda de violência e pânico pelo terceiro dia seguido no RN, mesmo após reforço da Força Nacional na segurança

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1 de 1 RN ataque-rio-grande-do-norte RN -metropoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (RN) atualizou, na manhã desta quinta-feira (16/3), o número de pessoas presas após três dias de violência em várias regiões do estado. No balanço mais recente, divulgado às 12h, a polícia afirma que prendeu 67 suspeitos de envolvimento na onda de ataques.

Entre os detidos, estão um adolecente e oito foragidos da Justiça recuperados. Além disso, foram apreendidos 50 artefatos explosivos, 17 armas de fogo e 4 simulacros, 22 galões de gasolina, além de drogas, munições e dinheiro. Produtos de furto também foram recuperados.

As ações criminosas são organizadas por uma facção que tem queimado prédios públicos, comércios e veículos, segundo a polícia. Durante a madrugada, 14 pessoas foram presas e, nas primeiras horas desta manhã, outros 9 suspeitos foram detidos.

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foram apreendidos 15 armas de fogo, 46 artefatos explosivos, 10 galões de gasolina
Além de drogas, munições e dinheiro
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Material apreendido em operação da polícia no RN

Divulgação/Secretaria de Segurança Pública do RN
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foram apreendidos 15 armas de fogo, 46 artefatos explosivos, 10 galões de gasolina

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Além de drogas, munições e dinheiro

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Os ataques ocorrem mesmo após a chegada de quase 200 homens da Força Nacional nessa quarta-feira (15/3). Os agentes reforçam a segurança do estado, a pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Um efetivo extra de 100 policiais militares também foi colocado nas ruas.

Ônibus de volta às garagens

Nesta manhã, um ônibus e três micro-ônibus foram incendiados em Natal. No bairro Guarapes, na zona oeste da capital, os bandidos abordaram um motorista, pediram que ele e o passageiro saíssem, e atearam fogo no veículo. As chamas também atingiram fiações elétricas.

Após os ataques, a prefeitura de Natal informou que a frota de ônibus na capital será recolhida às garagens, por orientação do Sindicato dos Transportes Rodoviários do RN (Sintro).

ônibus incendiado em Natal
Ônibus incendiado em Natal (RN)

Os criminosos também atacaram uma estação de trens urbanos no bairro Nova Natal e colocaram obstáculos sobre a linha férrea, em vários pontos, ainda durante a noite de quarta-feira (15/3).

O tráfego de VLT foi interrompido, e a orientação é que “táxis, veículos do transporte escolar e veículos de fretamento turístico realizem lotação até que a operação dos ônibus retorne a normalidade”.

Por volta das 23h desta quarta, suspeitos atacaram um posto de combustíveis na avenida Tomaz Landim, no bairro Igapó, na zona norte de Natal.

Por medidas de segurança, a prefeitura também mantém suspensos os serviços de coleta de lixo, atendimento em unidades básicas de saúde e em escolas da rede municipal desde a quarta-feira (15/3).

Presos querem regalias

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Francisco Araújo, os ataques são motivados por exigências como aparelhos de televisão e visitas íntimas para presos do sistema penitenciário local.

“Pelas reivindicações, eles querem televisão, querem sistema de iluminação, visita íntima – coisa que o sistema prisional não atende, porque cumpre a lei de execução penal”, afirmou.

No primeiro dia de terrorismo, a Secretaria de Segurança Pública do RN havia dito que as ações eram em retaliação a operações policiais com apreensão de armas e drogas. Mais tarde, na terça-feira (14/3), informou que a ordem parte dos presídios e é organizada por uma facção criminosa.

Conforme anunciou a secretaria, as ordens teriam origem na Penitenciária de Alcaçuz, a maior unidade prisional do estado.

Líder morto

Um homem apontado como um dos responsáveis por organizar os ataques violentos no Rio Grande do Norte morreu após confronto com policiais, em João Pessoa, na madrugada dessa quarta (15/3).

De acordo com a Polícia Civil, José Wilson da Silva Filho era foragido dos sistemas prisionais da Paraíba e do Rio Grande do Norte e estava escondido no bairro de Paratibe, na capital paraibana.

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