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Violência impediu vacinação contra a Covid por 57 vezes no Rio

Tiroteios em comunidades como Jacarezinho e Maré, na zona norte do Rio, causaram interrupções no funcionamento dos postos de vacinação

atualizado

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Clínica da Família
1 de 1 Clínica da Família - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – De janeiro a junho de 2021, violência na cidade do Rio causou um total de 221 interrupções ou alterações no funcionamento de unidades utilizadas na vacinação contra a Covid, como clínicas de família e centros municipais de saúde. As paralisações contabilizadas pela Prefeitura do Rio estão relacionadas a tiroteios ou mesmo a ameaça de confrontos armados.

Em 57 ocorrências, os serviços das unidades foram completamente interrompidos, incluindo a vacinação contra a Covid-19.

O levantamento, ao qual o Metrópoles teve acesso, faz parte de um programa de segurança desenvolvido pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha e implantado pela Secretaria Municipal de Saúde da capital fluminense.

A área campeã de episódios de fechamento, com notificações em vermelho, são a Região da Leopoldina, que inclui os complexos do Alemão, da Maré e o Jacarezinho, com 24,5%.

Movimentação na comunidade do Jacarezinho após operação
Movimentação na comunidade do Jacarezinho após operação

O segundo lugar ficou com a região de Realengo e Bangu, com 19% das notificações, seguida das unidades de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba, com 17,5% dos casos.

A estatística é feita reunindo os episódios de fechamento ou de alteração na rotina e, dos 221 episódios dos primeiros seis meses, 32 foram classificados como amarelo parcial (quando somente parte do território da unidade está inseguro), 132 amarelas (quando há risco em todo o território e por isso atividades como visitas domiciliares ficam suspensas) e 57 vermelhas (quando as unidades suspendem totalmente seu funcionamento).

Além da vacinação contra a Covid, serviços como pré-natal, fornecimento de medicação para doentes crônicos e o agendamento de consultas e exames também acabaram afetados. Quando observados os totais de notificações, a região que mais apresentou instabilidade foi a que corresponde aos bairros da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, com 21% dos episódios de violência, seguida da região da Leopoldina, com 20% das notificações registradas, e da região de Madureira, com 17%.

A interferência da violência no funcionamento das unidades de saúde acontece em toda a Região Metropolitana d0 Rio. Das 4.190 unidades de saúde do território, 1.167 delas foram afetadas pelos tiroteios, de acordo com relatório da Plataforma Fogo Cruzado.

Ao todo, foram 2.791 tiroteios ocorridos no primeiro semestre, sendo que 934 deles ocorreram no entorno de unidades de saúde públicas e privadas. Em média, houve cinco tiroteios por dia em um raio de 300 metros dessas unidades.

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