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Vigilante que matou em briga por bola de papel pega 17 anos em GO

Wallas Gomes foi condenado por homicídio duplamente qualificado contra o porteiro Guilherme Alves. Crime ocorreu em 2018 em Itumbiara (GO)

atualizado

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Reprodução/Polícia Civil de Goiás
Vigilante Wallas Gomes mata porteiro em Itumbiara (GO)
1 de 1 Vigilante Wallas Gomes mata porteiro em Itumbiara (GO) - Foto: Reprodução/Polícia Civil de Goiás

Goiânia – O vigilante Wallas Gomes de Lima, 29 anos, foi condenado a 17 anos, 4 meses e 12 dias de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado contra o porteiro Guilherme Alves Pereira, de 23 anos. O crime foi motivado por discussão em torno de uma bolinha de papel e ocorreu em 13/10/2018 em Itumbiara, no sul goiano.

A sessão de julgamento durou nove horas na quinta-feira (12/2). A sentença condenatória é da juíza Thaís Lopes Lanza Monteiro, presidente do Tribunal do Júri da Comarca de Itumbiara, ligada ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).

Na sentença, a juíza considera o motivo fútil do crime, sem permitir defesa da vítima, além do fato denotar maior censurabilidade social por ter sido praticado por quem deveria, por compromisso profissional, garantir a segurança do local.

Além disso, foi considerado o fato de que o crime foi praticado em ambiente público, em horário de expediente e na presença de outros trabalhadores. Thaís Lenza também cita o fato de que a vítima já estava deitada ao ser alvejada por tiros residuais e aponta requintes de crueldade no fato.

Um dos aspectos levantados pela defesa do acusado é de que ele teria sido provocado pelo porteiro. No entanto, a juíza considerou que não houve comprovação da alegada provocação ao longo das investigações, não tendo sido reconhecido isso pelos jurados.

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Guilherme Alves tinha 23 anos quando foi morto: discussão por bolinha de papel
Momento em que o porteiro Guilherme Alves foi rendido pelo vigilante Wallas Gomes
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Vigilante Wallas Gomes após ter sido preso e apresentado pela Polícia Civil de Goiás

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Guilherme Alves tinha 23 anos quando foi morto: discussão por bolinha de papel

Reprodução/Facebook
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Momento em que o porteiro Guilherme Alves foi rendido pelo vigilante Wallas Gomes

Reprodução/Polícia Civil de Goiás
Bolinha de papel

Imagens de câmera de segurança do condomínio onde a dupla trabalhava à época mostraram o momento em que Wallas rendeu o porteiro e disparou várias vezes contra Anderson, inclusive quando ele já estava caído. Em seguida, o vigilante sai calmamente.

O fato ocorreu por volta das 4 horas de um sábado. Antes das cenas mostradas no vídeo, segundo a Polícia Civil, eles se desentenderam por causa de uma bolinha de papel que Anderson atirou perto da lixeira da guarita onde estava Wallas e que este determinou que fosse recolhida e colocada no recipiente.

Agressão

Não são raros desentendimentos em portarias de condomínios. Em 2019, no Distrito Federal, o policial civil e ex-deputado federal Laerte Bessa se desentendeu com o porteiro de um prédio e o ameaçou.

O caso teve muita repercussão em Brasília. Após o ocorrido, Bessa se disse arrependido e afirmou que as pessoas não devem agir como ele agiu. Ele atribuiu o ocorrido à sua natureza “pavio curto”.

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