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Vieira: Brasil ainda não sabe quando poderá tirar brasileiros de Gaza

Itamaraty e Lula negociam com autoridades do Egito, Israel e Palestina abertura de corredor humanitário para tirar cidadãos da Faixa de Gaza

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1 de 1 imagem colorida coletiva no itamaraty - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (18/10) que o governo brasileiro ainda não tem perspectivas de data para a repatriação do grupo de brasileiros que está na Faixa de Gaza, epicentro do conflito sob bloqueio israelense. Segundo o chanceler, as negociações com autoridades de Israel, Palestina e Egito continuam.

A situação dos cerca de 3o cidadãos brasileiros em Gaza é a mais crítica da operação de repatriação para retirar cidadãos nacionais da zona de conflito entre Israel e Hamas. A região controlada pelo grupo fundamentalista está sob bombardeio e bloqueio israelense, o que impede a entrada de ajuda humanitária e a saída de estrangeiros do local.

“Não há uma perspectiva. Estamos desde o início pedindo que, inclusive não sendo tão numeroso o [número] de brasileiros que estão lá, que seja feito da forma mais rápida no momento que for aberta a passagem para todos”, declarou Vieira.

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Comandante da FAB, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno,
Chanceler Mauro Vieira
Ministros em coletiva no Itamaraty
Ministro da Defesa, José Múcio
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Segundo o chanceler, há informações de que cerca de 5 mil cidadãos estrangeiros aguardam a abertura da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, para deixarem a Faixa de Gaza.

“Quanto à abertura e ao momento que vai se dar, depende ainda um pouco de uma série de questões, depende dos dois lados. Tanto do lado de Israel, e também de Gaza, das autoridades de Gaza, tanto do lado do Egito para chegar a um acordo”, prosseguiu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chanceler e outras representações diplomáticas do Brasil tentam negociar um cessar-fogo com  autoridades palestinas e israelenses para garantir a passagem com segurança.

Repatriados

Até esta quarta-feira (18/10), 1.137 cidadãos do país foram retirados da zona de conflito no Oriente Médio. Há expectativa de outros voos para repatriar outros 150 brasileiros – e um grupo de 15 estrangeiros de nações sul-americanas que pediram ajuda para sair da região da guerra.

A criação de um corredor humanitário, também para retirada do grupo de Gaza, consta na proposta de resolução apresentada pelo governo brasileiro ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU). O texto, no entanto, foi derrubado após veto dos Estados Unidos.

Dos 15 países membros rotativos do conselho da ONU, 12 votaram a favor. Entre os que têm poder de veto, os Estados Unidos vetaram e China e França se manifestaram favoravelmente. Os delegados do Reino Unido e da Rússia se abstiveram.

Brasileiros em Gaza

Após cerca de 12 dias de conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, o governo federal tenta, por vias diplomáticas, meios para retirar em segurança cerca de 30 brasileiros e parentes palestinos presos no epicentro do embate, a Faixa de Gaza.

As tratativas são para resgatar 22 brasileiros, sete palestinos portadores de Registro Nacional de Imigração (estrangeiros com visto temporário ou com visto de autorização de residência) e mais três parentes próximos de origem palestina, que permanecem alojados em residências na região de Khan Yunis, ao sul de Gaza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o chanceler Mauro Vieira estão em negociações com representantes do governo do Egito, de Israel e da Autoridade Palestina na tentativa de garantir um cessar-fogo. A medida é fundamental para que um ônibus com brasileiros deixe o território palestino em segurança.

Apesar dos esforços do primeiro escalão, entre os pontos que dificultam o processo de repatriação desses brasileiros, estão os bombardeios a Rafah, em meio ao bloqueio israelense até que o Hamas libere os reféns. A preocupação no Egito também é um êxodo em massa de palestinos, causando uma crise de refugiados no país.

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