Vídeos: bolsonaristas agridem e expulsam jornalistas no fim da manifestação
Grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro permaneceram na Esplanada dos Ministérios durante a tarde e se tornaram violentos
atualizado
Compartilhar notícia
Prorrogado pela insistência de militantes em permanecer na Esplanada dos Ministérios na tarde desta terça-feira (7/9), o ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília foi palco de episódios de violência contra a imprensa, que teve representantes agredidos na frente do Palácio do Itamaraty e outros, incluindo a equipe do Metrópoles, expulsos do local sob ameaças de um grupo mais exaltado.
A barreira policial em frente ao Itamaraty tornou-se ponto de tensão após a desmobilização do ato, por volta do meio-dia desta terça, porque militantes mais radicalizados se reuniram ali tentando pressionar os PMs a ceder espaço para que eles avancem até a Praça dos Três Poderes, onde está o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal). A PM tem resistido às investidas sem reagir mesmo aos manifestantes mais agressivos, mas precisou usar spray de pimenta em alguns momentos ao longo do dia para afastar as pessoas da grade.
As agressões mais graves ocorreram contra duas equipes com cinegrafistas que registravam imagens no local sem identificação da empresa para a qual trabalham, o que levantou suspeitas, entre os bolsonaristas, de que eles pudessem trabalhar para a Globo, empresa de mídia que eles mais hostilizam.
Os profissionais foram cercados, empurrados e tiveram água jogada contra seus equipamentos. Uma equipe precisou ser socorrida pela PM e outra precisou correr dos militantes bolsonaristas. Veja as imagens:
Após essas primeiras agressões, um outro cinegrafista que estava posicionado em frente ao Ministério da Saúde, ao lado do Itamaraty, também foi cercado por homens que tentaram lhe empurrar com câmera e tudo para dentro do espelho d’água do Ministério das Relações Exteriores.
Depois disso, os bolsonaristas começaram a perseguir jornalistas que registraram as primeiras agressões. A equipe do Metrópoles teve de deixar o local sob ameaças, junto a profissionais de outros veículos. Veja as ameaças: