Vídeo: Zé Trovão recua e dá por encerrados bloqueios de caminhoneiros
Militante bolsonarista que insuflou levante de caminhoneiros está foragido da Justiça brasileira no México
atualizado
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O bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, que tem mandado de prisão em aberto e está foragido no México, divulgou mensagem por vídeo, na tarde desta sexta-feira (10/9), anunciando o fim do movimento de caminhoneiros que ele ajudou a convocar para pressionar o Senado a destituir ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde o dia 6 de setembro, bolsonaristas radicalizados ocuparam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O grupo também bloqueou rodovias, com caminhões e máquinas agrícolas, na maioria dos estados. O plano declarado era entregar um ultimato ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas o tom agora é de recuo, ecoando a nota do presidente Jair Bolsonaro pela pacificação entre os Poderes.
“O presidente colocou a sua popularidade abaixo da gestão para que o Brasil tenha equilíbrio. Isso é muito importante”, justificou-se Zé Trovão.
A prisão do militante foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretada pelo STF, por participação no planejamento de atos antidemocráticos. No vídeo publicado, Zé Trovão fez questão de ressaltar que não recuou.
“Estamos respeitando um pedido que o presidente Bolsonaro nos fez: pediu confiança e disse que está fazendo um trabalho que ele nunca poderia ter feito se não fosse os movimentos do dia 7 de setembro. Hoje, o Brasil alcança a sua liberdade de expressão, isso está garantido nesse acordo. E, além disso, a harmonia entre os Poderes será a partir de hoje”, conclui.
Ele também agradeceu deputados da base bolsonarista, como Carla Zambelli (PSL-SP), por terem entrado com pedido de habeas corpus para ele.
Veja a mensagem de Zé Trovão a seus seguidores:
No México, Trovão está com outro foragido da Justiça brasileira, o jornalista Oswaldo Eustáquio, que teve nova prisão decretada pelo Supremo por participação na promoção dos chamados atos antidemocráticos.