Vídeo: vereador e militar diz que não é errado atirar pelas costas
Marcos Paccola é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, baleado na última sexta-feira (1º/7)
atualizado
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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o vereador e tenente-coronel da Polícia Militar Marcos Paccola (Republicanos-MT) afirmando, em um curso de autodefesa, que não é errado atirar em uma pessoa pelas costas.
Paccola é investigado pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, baleado na última sexta-feira (1º/7), após uma discussão de trânsito em Cuiabá, Mato Grosso.
Imagens de câmeras de segurança mostram que o vereador começou a brigar com Janaína Sá, namorada do agente baleado, após ela entrar na contramão em uma via.
O agente estava no meio da discussão com outros motoristas quando Paccola sacou a arma e atirou contra ele — que estava de costas e com as mãos abaixadas.
Nos vídeos que circulam nas redes sociais nesta semana, Paccola aparece conduzindo um curso de autodefesa para alguns magistrados do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT).
Durante a aula, o vereador orienta os participantes do curso a atirarem contra um suspeito armado, mesmo que ele esteja de costas.
“Se eu estou em uma situação e ele está de costas, este elemento está armado, ou não, você saca [a arma] ou, se você sacar, atire até o alvo cair. Mas quantos tiros eu dou? Até cair. E se acabar o carregador? Troca e atira até cair”, disse.
Veja:
Investigação
A Polícia Civil do Mato Grosso investiga o caso. No dia do crime, o vereador se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prestou depoimento e foi liberado.
Em nota, o Sindicato dos Servidores do Sistema Socioeducativo de Mato Grosso (Sindppss-MT) lamentou o assassinato de Alexandre e disse estar prestando auxílio aos familiares da vítima.
“Era um exemplo de pai, cidadão e servidor. Sempre prestou o seu serviço junto ao sistema socioeducativo com lisura, transparência, respeito e dedicação”, divulgou o sindicato.
Na terça-feira (5/7), os servidores do órgão realizaram uma manifestação na Câmara Municipal de Cuiabá, onde pediram justiça pelo agente.
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