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Vídeo. Traficantes teriam sequestrado e matado universitário no Rio

Bandidos seriam de classe média alta e motivo para a morte foi o envolvimento de Marcos Winícius numa compra de drogas que foi roubada

atualizado

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Reprodução
Marcos Winicius
1 de 1 Marcos Winicius - Foto: Reprodução

Seis suspeitos de participar do sequestro e da morte de Marcos Winícius Tomé Coelho de Lima, de 20 anos, foram identificados pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Marcos era estudante de farmácia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e foi sequestrado enquanto andava pela Urca, após sair de um shopping também na zona sul da cidade, em 8 de outubro. Já no dia 9, algumas horas depois do desaparecimento, o corpo foi encontrado em Nova Iguaçu.

A polícia acredita que o rapaz tenha sido executado por traficantes de classe média alta que suspeitaram do envolvimento dele no roubo de uma carga de drogas. As informações são do O Globo.

Câmeras de segurança registraram os últimos minutos de vida de Marcos, enquanto pedalava na Urca. Imagens mostram o momento em que um carro branco aparece na contramão e atinge a bicicleta elétrica do estudante. Ele cai no chão e, em seguida, bandidos armados descem do veículo e colocam o rapaz dentro do automóvel.

É possível ver que algumas pessoas testemunharam o crime, mas saíram correndo com medo na direção oposta aos bandidos.

A Justiça decretou a prisão temporária dos suspeitos. Dois foram presos. Um foi capturado na quinta-feira (17/12) e  teve a prisão relaxada, já o outro está detido.

Segundo a Polícia Civil, o estudante de farmácia foi morto por traficantes de classe média alta, especializados no tráfico de drogas como skank e haxixe.

Encomenda avaliada em R$ 80 mil

Investigações da DHBF mostram que Marcos teria participado de uma negociação para a encomenda de uma carga de skank avaliada em R$ 80 mil. No momento em que a droga seria entregue em Copacabana, uma outra quadrilha roubou o traficante que faria a entrega e levou a mercadoria.

A Polícia Civil investiga se houve participação de policiais militares nessa ação. Os “boteiros” – bandidos que dão um bote para se apropriar da carga – agem em Botafogo, Copacabana, Ipanema, Leblon, Barra e Recreio.

“Existe um grupo, da qual a vítima não fazia parte, mas mantinha um relacionamento. Eles combinavam uma negociação de drogas. Marcavam e roubavam a droga [na hora da entrega] em vez de comprar. Investigamos a participação de policiais militares nesse bote. A vítima não faz parte dos boteiros, mas participou da negociação [a encomenda da droga] junto com uma pessoa do relacionamento dela, que faz parte desse grupo. Quando foram receber a carga, a vítima não estava, e eles roubaram a droga do traficante. Essa foi a motivação [do crime]. Quem tomou prejuízo tinha certeza que a vítima tinha participado desse bote”, contou o delegado Uriel Alcântara.

A mãe do estudante, Paula Tomé Coelho, disse que ainda não foi informada da conclusão da polícia sobre a motivação do crime.

De acordo com as investigações, alguns integrantes do grupo de boteiros, entre eles os que conheciam o estudante, fugiram para São Paulo.

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