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Vídeo: Simone Tebet diz que “já deu” de cloroquina na CPI da Covid-19

Em entrevista ao Metrópoles, senadora do MDB-MS afirmou que “população precisa esquecer o nome desse remédio”

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Em entrevista ao Metrópoles, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) defendeu que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 encerre as investigações e oitivas relacionadas à prescrição de cloroquina para pacientes acometidos pelo novo coronavírus.“Quase metade do tempo [da CPI] é de governistas querendo fazer apologia de um medicamento que não tem comprovação científica nenhuma. Isso já deu. É preciso virar essa página”, criticou.

A parlamentar defendeu que já foram colhidas “provas suficientes” sobre o assunto. “Sim, se pregou um tal de tratamento precoce, sem eficiência, sem comprovação científica. Nós já temos elementos documentais, testemunhais”, afirmou (confira a partir de 2’10”).

Para a parlamentar, os longos debates sobre o assunto podem levar à automedicação. Tebet chegou a sugerir que a CPI realizasse oitivas privadas para tratar do tema. “Para que a população brasileira esquecesse, o mais rápido possível, o nome desse medicamento”, afirmou.

A senadora destacou que considera a audiência dos depoimentos “extremamente positiva”, mas ponderou: “A única observação que eu faço, em nome da política sanitária, para salvar vidas, impedir que pessoas se automediquem sem ouvir um médico com um remédio que tem muito efeito colateral, é que que a gente tratasse desse medicamento a portas fechadas”.

“A impressão que dá é que a CPI virou garota propaganda de um remédio que não tem eficácia”, disse. A parlamentar destacou que depois as informações coletadas seriam disponibilizadas para o público. A CPI da Covid-19 ouve, nesta terça-feira (1º/6), a médica Nise Yamaguchi, uma das principais defensoras do tratamento precoce.

Convocação de governadores
Simone Tebet afirmou que considera importante que governadores sejam ouvidos na CPI da Covid-19. A parlamentar, no entanto, avaliou que seria melhor que os chefes dos Executivos locais fossem convidados e não convocados a depor no Senado.

“Nós podemos muito, mas não podemos tudo”, afirmou. “A CPI não tem o poder de convocar o presidente da República, consequentemente não tem o poder de convocar governadores e prefeitos. Mas tem o poder de convidar essas autoridades”, disse (7’40”).

A senadora disse que tem conversado com governadores e argumentado que eles deveriam participar espontaneamente das oitivas. “Falei com o governador do Estado de São Paulo [João Doria] que, mesmo que eles consigam a decisão do Supremo e não possam ser convocados, seria interessante que eles se convidassem. Para que eles mostrassem que não tem nada a temer e que estão prontos para esclarecer todos os pontos junto à CPI”, relatou.

Na entrevista, a senadora disse não ver condições políticas para o andamento de um possível processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), criticou manifestações populares com aglomeração — tanto a favor quanto contra o governo federal — e afirmou que acredita na consolidação de uma terceira via para as eleições presidenciais de 2022. Simone Tebet também falou sobre a presença de mulheres em cargos eletivos da política brasileira. Confira:

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